Globish - global mas não universal


A quantas anda o teu Inglês?
Muito enferrujado..? "Portuglês"..? "The book is on the table"..? Zero..!?
Se você respondeu SIM para qualquer uma das opções acima, talvez goste de saber um pouco sobre o Globish.

Imagine não precisar estudar Inglês por anos a fio na escola, tendo de aguentar professores que muitas vezes querem mais mostrar o quanto sabem do que efetivamente te ensinar a falar. Não precisar decorar tanto vocabulário nem treinar tanta pronúncia. Imagine poder usar uma língua fácil para poder fazer negócios no exterior ou mesmo trabalhar em uma multinacional sem precisar ficar anos nos cursos de Inglês. Imagine ENTENDER e ser ENTENDIDO em uma língua global.

Bem, essa é a proposta do Globish.


Descrito como um "subset" do Inglês correto por seu idealizador, o francês Jean-Paul Nerriere, o Globish seria uma alternativa para disciplinar o uso do Inglês pelos inúmeros não-nativos que falam ou tentam falá-lo. Mais que isso, fazer dele a língua Global para viajantes e para negócios mundiais.

Não, não se trata de estabelecer mais uma lingua franca como já fora o francês, o latim ou o grego no passado e sairam de "moda". Nem de se criar artificialmente uma língua como o Esperanto, Interlíngua, Novial, Volapük entre outras. Mas sim aproveitar uma língua já consagrada como universal para negócios e assuntos internacionais - o Inglês - e torna-lo "falável" e compreensível a um número muito maior de pessoas pelo mundo e que possa ser aprendida em um ano. O próprio Nerriere concluiu isso de anos de experiência como executivo de multinacionais.


Vejamos a sua argumentação básica.


Os "porquês":
.apenas 4% das conversações em Inglês são entre 2 nativos dessa língua.
.21% delas são entre um nativo e um não-nativo.
.75% portanto são entre 2 não-nativos.
.importante é se FAZER ENTENDER, COMUNICAR-SE EFICIENTEMENTE e não falar bonito e complicado sem conseguir ser entendido.
.quando um nativo e um não-nativo conversam, o nativo entende praticamente tudo o que o não-nativo tenta dizer, porque este quer COMUNICAR-SE. Já a reciproca NÃO é verdadeira, o não-nativo não entende o que o nativo diz porque não é fluente como o primeiro.

Os "comos":
.usar um vocabulário de 1.500 verbetes básicos e combináveis entre si (ao invés de mais de 60mil disponíveis no Inglês).
.não usar expressões idiomáticas - só os nativos e quem estudou muito as entende.
Não estranhe se ao dizer "it´s raining dogs and cats" alguém olhar para o alto de boca aberta...
.usar a forma ativa na formulação das frases o máximo possível (em muitas linguas a forma passiva não se compõe da mesma forma como no Inglês).
.em conversas coletivas, ao responder perguntas, começar repetindo a pergunta "em Globish" para que todos a entendam antes da sua reposta.
.falar pausadamente.
.não se preocupar muito com a pronúncia (devagar e simples, qualquer um entende).

Note que ele NÃO propõe MUDAR regra ou palavra alguma do Inglês. Apenas usar as formas mais simples. Por exemplo, ao invés de falar "sobrinho", diga "filho do meu irmão".
Até porque em certas línguas não existe distinção entre "sobrinho" e "sobrinha", "primo" e "prima", etc. E em outras existe uma palavra para "irmão mais velho", uma para "irmã mais velha", para "irmão mais novo", 'irmã mais nova" (húngaro, coreano...) e assim por diante. Sem contar que duvido que você se lembre de todos os títulos de parentesco em Inglês...
- quer valer!? :)

Qualquer ser humano de qualquer cultura consegue identificar os 3 tipos de relação de parentesco: pai, filho e irmão. Combiando esses 3 você descreve qualquer grau de parentesco.
Ex.: Tio-avô = "irmão do pai do meu pai"
Great-uncle in English para quem pensou em apostar no parágrafo anterior e já se arrependeu.... :)

Esse é o método Globish. Experimente! :)

Um bom exemplo de Globish escrito (e perfeitamente entendido!) é o livro "Globish the World Over".
Além de escrito em Globish, ele descreve a teoria toda do Globish.
Caso você ainda esteja engatinhando no Inglês - e portanto "já andando, quase correndo" em Globish - mas não tem segurança para encarar a leitura direta, ele foi editado em várias outras línguas, impressas lado-a-lado com o Globish, página-por-página, espanhol, chinês, polonês, holandês, húngaro!
("Everybody is hungarian!"*).
Veja no site: http://www.globish.com/
*George Mikes - aka Mikes György 


Talvez a grande "sacada" do Globish é não se propor a ser UNIVERSAL, mas apenas GLOBAL.
Não a língua de TODOS, mas a língua de  MUITOS, real e útil para a maioria.

Resta saber "os quandos"...!

A internet que já ajuda os falantes das línguas artificiais a se encontrarem, também poderia ajudar a popularizar o Globish. O Wikipedia por exemplo tem verbetes em Esperanto e Interlíngua. De repente se Monsieur Nerriere e seus discipulos começassem a "traduzir" e criar verbetes para Globish, com certeza mais gente daria atenção.

Parlez-vous Globish? Yes!?
;)
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Saiba mais:

Nerriere & Globish (em Inglês)
Mikes György (em Inglês)

Estratégia: "to plan or not to plan, that´s the question..."






Já dizia Sun Tzu:

Se você conhece a si mesmo e o inimigo, vence TODAS as batalhas.
Se conhece a si mesmo, mas não o inimigo, para cada vitória, terá uma derrota.
Mas se não conhece nem a si mesmo, nem ao inimigo, JAMAIS conhecerá o sabor da vitoria.”

Precisamos conhecer o inimigo... e reconhecer suas forças.
Da mesma forma, reconhecer nossas fraquezas.
Para isso, a VAIDADE deve ser deixada de lado.

É simplesmente ingenuidade achar que NÃO temos “concorrência”. Temos sim.
Mas temos muitas “forças” que eles não tem.
Só precisamos SABER usa-las. Mas quem não “vê” o inimigo, não “sabe” como vence-lo.

Infelizmente, a ESTRATÉGIA nem sempre está em nossas mãos. Muita vezes, estamos apenas em um escalão intermediário, tático no máximo.




Já dizia o velho Eike* (I like Eike!):
"Plans are nothing; PLANNING is everything!"








*Dwight D. Eisenhower

O mais importante nem é o Plano em si, mas o ATO de tê-lo feito, o HÁBITO de planejar.
Porque, no final, todo plano muda quando sai do papel. Mas quem gastou tempo o elaborando, teve de considerar muitas alternativas, obstáculos, contra-ataques, revezes, antes de concluir o plano. E ao deparar com algum destes oponentes na execução, pode decidir saídas mais rápido, porque pensou sobre elas ANTES.


Mas nada disso nos impede de praticar a Estrategia, ainda que apenas mentalmente, para adquirirmos o hábito do Pensar Estratégico.


Uma boa maneira de praticar a estratégia é tentar se por no lugar do oponente, do interlocutor, da pessoa ou empresa que você tenta analisar. Essa prática é muito comum no meio militar e também entre enxadristas, simplesmente virando o mapa de situação ou o tabuleiro "de cabeça-para-baixo". Tente olhar a situação sob a ótica do oponente. Tente simular o que você faria no lugar dele. Muitas vezes, olhando o mapa, o campo de batalha, o tabuleiro do nosso ponto-de-vista, só conseguimos enxergar as NOSSAS forças e oportunidades, fraquezas e obstáculos, mas não ficam claras as forças, fraquezas, oportunidades e obstáculos do adversário. Mas, ao virar para o outro lado da mesa, de repente muitas coisas ficam claras. Tente simular o que você faria para derrotar, superar você mesmo, se você fosse o seu adversário. Faça esse exercício e se surpreenderá com o que vai "ver".

Keep walking... keep thinking, keep PLANNING!


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