O prof. Gary Hamel em seu último livro 'O que importa agora' (2012) aborda o importante desafio de Reinventar a Administração. Segundo ele, um dos principais vetores dessa necessidade, é a entrada no mercado de trabalho dos Nativos Digitais, a tal Geração Y (e depois a Z), que ele chama de Geração Facebook, por motivos bem didáticos.
Hamel lista 12 paradigmas da internet e das redes sociais, que os empregados do futuro vão buscar (já buscam) encontrar no ambiente de trabalho:
1. Todas as Ideias competem em pé de Igualdade
Boas ideias ganham tração por sua relevância, não por força política. Ninguém tem o poder de matar uma ideia apenas na base da burocracia e política. Ou seja a ideia do chefe não vale mais que a do subordinado.
2. Contribuição é mais importante que Credencial
Seu poder emana da sua contribuição ao negócio ou causa e não da sua posição hierárquica ou nível acadêmico. Não importa seu currículo, mas o que você pode contribuir.
3. Hierarquia se faz de baixo para cima
Se alguém chega a uma posição acima é porque foi colocado ali pela aprovação voluntária dos pares. Hierarquia existe, sim. Mas é construída, e de baixo para cima e não ao contrário.
4. Líderes servem, não comandam
Líderes lideram sim, mas servindo e pelo exemplo, não apenas dando ordens.
5. Tarefas são escolhidas, não atribuídas
O engajamento voluntário das redes sociais, projetos wiki online trazem a adesão voluntária como base do sucesso da empreitada. A Web é a economia das escolhas onde todos são fornecedores independentes.
6. Grupos autodefinidos e auto-organizados
Não existe obrigatoriedade de vínculos. Eles são criados na conveniência dos membros e desfeitos na mesma forma. Ninguém é o único responsável por organizar a estrutura. Ela tem vida própria, se autodefine e se organiza por si só. Cada um escolhe seus compatriotas, colegas.
7. Recursos são atraídos e não alocados
O esforço humano tende a fluir na direção das ideias atrativas e divertidas. Os talentos são naturalmente atraídos e engajados aos projetos certos e não forçadamente alocados. A Web é a economia das escolhas cuja a moeda é o tempo e a atenção. Cada um investe no que acha interessante, atrativo, divertido. Forçar a alocação de recursos não garante o sucesso.
8. Poder vem do compartilhamento da informação e não da restrição
Quanto mais se doa de informação e experiência mais influência e respeito o profissional e a organização ganham. Segurar e bloquear informação achando que com isso se ganha poder é coisa do passado.
9. Mediocridade exposta
O mundo da internet está acostumado a "dar notas" a todo produto e serviço. Nem toda resenha é útil, mas o conjunto delas, somadas, sempre aponta uma direção. Se seu produto não tem qualidade ou não entrega valor, cedo ou tarde, todos vão saber. Transparência é essencial.
10. Dissidências se encontram
Antigamente os dissidentes tinham dificuldade de expor seus pontos-de-vista. Seja por medo, pressão do status quo ou por desconhecer que outros também comungam de suas ideias. Na internet isso é básico, comunidades se formam, pessoas se encontram, a cauda é longa.
11. Decisões políticas podem ser vetadas
Organizados online, os desgostosos com decisões políticas podem se organizar para vetar essas decisões. Na web, os consumidores são ativos, opinativos e zangados, atacando decisões não coerentes, apenas políticas. Faz lembrar a "1a Lei de Jarvis: dê controle às pessoas e elas a usarão. Não dê e você as perderá".
12. Recompensas intrínsecas são mais importantes
Muito mais que dinheiro, bônus ou promoção, muitas vezes o reconhecimento de sua contribuição, o poder fazer parte, a causa em si, são melhores recompensas para participar. Não fosse assim, milhões de horas de voluntariado não seriam doadas por pessoas "comuns" em projetos como Wikipedia, Linux, etc. Quando a causa tem sentido, as pessoas sentem-se recompensadas apenas por participar.
Imaginar uma organização que contemple todos esses paradigmas parece utópico. Mas esses itens estão no DNA da Geração F (Facebook) que busca e buscará nas relações de trabalho conceitos semelhantes à encontradas nas relações sociais da Web.
Gary Hamel nos lembra que em fins do séc. XIX, em 1800 e muito, era também utópico achar que organizações seriam capazes de produzir em massa e organizadamente como viriam ser as montadoras automobilísticas poucas décadas depois com a linha de produção de Ford e a Administração Científica de Taylor.
Então imaginar que as empresas e organizações de meados de nosso século contemplem preceitos como os descritos por Gary Hamel já não parece tão utópico assim. Concorda?
Não faz pensar pouco. Ainda mais se você ainda tem muita carreira para viver. Já existem várias empresas pondo em prática alguns desses pontos hoje. Pense bem.
Hamel lista 12 paradigmas da internet e das redes sociais, que os empregados do futuro vão buscar (já buscam) encontrar no ambiente de trabalho:
1. Todas as Ideias competem em pé de Igualdade
Boas ideias ganham tração por sua relevância, não por força política. Ninguém tem o poder de matar uma ideia apenas na base da burocracia e política. Ou seja a ideia do chefe não vale mais que a do subordinado.
2. Contribuição é mais importante que Credencial
Seu poder emana da sua contribuição ao negócio ou causa e não da sua posição hierárquica ou nível acadêmico. Não importa seu currículo, mas o que você pode contribuir.
3. Hierarquia se faz de baixo para cima
Se alguém chega a uma posição acima é porque foi colocado ali pela aprovação voluntária dos pares. Hierarquia existe, sim. Mas é construída, e de baixo para cima e não ao contrário.
4. Líderes servem, não comandam
Líderes lideram sim, mas servindo e pelo exemplo, não apenas dando ordens.
5. Tarefas são escolhidas, não atribuídas
O engajamento voluntário das redes sociais, projetos wiki online trazem a adesão voluntária como base do sucesso da empreitada. A Web é a economia das escolhas onde todos são fornecedores independentes.
6. Grupos autodefinidos e auto-organizados
Não existe obrigatoriedade de vínculos. Eles são criados na conveniência dos membros e desfeitos na mesma forma. Ninguém é o único responsável por organizar a estrutura. Ela tem vida própria, se autodefine e se organiza por si só. Cada um escolhe seus compatriotas, colegas.
7. Recursos são atraídos e não alocados
O esforço humano tende a fluir na direção das ideias atrativas e divertidas. Os talentos são naturalmente atraídos e engajados aos projetos certos e não forçadamente alocados. A Web é a economia das escolhas cuja a moeda é o tempo e a atenção. Cada um investe no que acha interessante, atrativo, divertido. Forçar a alocação de recursos não garante o sucesso.
8. Poder vem do compartilhamento da informação e não da restrição
Quanto mais se doa de informação e experiência mais influência e respeito o profissional e a organização ganham. Segurar e bloquear informação achando que com isso se ganha poder é coisa do passado.
9. Mediocridade exposta
O mundo da internet está acostumado a "dar notas" a todo produto e serviço. Nem toda resenha é útil, mas o conjunto delas, somadas, sempre aponta uma direção. Se seu produto não tem qualidade ou não entrega valor, cedo ou tarde, todos vão saber. Transparência é essencial.
10. Dissidências se encontram
Antigamente os dissidentes tinham dificuldade de expor seus pontos-de-vista. Seja por medo, pressão do status quo ou por desconhecer que outros também comungam de suas ideias. Na internet isso é básico, comunidades se formam, pessoas se encontram, a cauda é longa.
11. Decisões políticas podem ser vetadas
Organizados online, os desgostosos com decisões políticas podem se organizar para vetar essas decisões. Na web, os consumidores são ativos, opinativos e zangados, atacando decisões não coerentes, apenas políticas. Faz lembrar a "1a Lei de Jarvis: dê controle às pessoas e elas a usarão. Não dê e você as perderá".
12. Recompensas intrínsecas são mais importantes
Muito mais que dinheiro, bônus ou promoção, muitas vezes o reconhecimento de sua contribuição, o poder fazer parte, a causa em si, são melhores recompensas para participar. Não fosse assim, milhões de horas de voluntariado não seriam doadas por pessoas "comuns" em projetos como Wikipedia, Linux, etc. Quando a causa tem sentido, as pessoas sentem-se recompensadas apenas por participar.
Imaginar uma organização que contemple todos esses paradigmas parece utópico. Mas esses itens estão no DNA da Geração F (Facebook) que busca e buscará nas relações de trabalho conceitos semelhantes à encontradas nas relações sociais da Web.
Gary Hamel nos lembra que em fins do séc. XIX, em 1800 e muito, era também utópico achar que organizações seriam capazes de produzir em massa e organizadamente como viriam ser as montadoras automobilísticas poucas décadas depois com a linha de produção de Ford e a Administração Científica de Taylor.
Então imaginar que as empresas e organizações de meados de nosso século contemplem preceitos como os descritos por Gary Hamel já não parece tão utópico assim. Concorda?
Não faz pensar pouco. Ainda mais se você ainda tem muita carreira para viver. Já existem várias empresas pondo em prática alguns desses pontos hoje. Pense bem.
Confira também outros posts sobre o prof. Gary Hamel:
. O Futuro da Administração (2007, livro, resenha)
. Inovação na Gestão (2010, palestra)
. Tudo Mudou. Só falta a Administração (2010, vídeo-aula)
. 4 Hábitos dos Inovadores de Sucesso (2012)
. 4 Hábitos dos Inovadores de Sucesso (2012)
:)
Excelente post. Congrats!
ResponderExcluirValeu, Luiz!
ExcluirAbraçao.
:)
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