Em seu recente livro 'O que importa agora' (2012), o prof. Gary Hamel explica os 4 Hábitos das Organizações Inovadoras de sucesso.
Para Hamel, o que limita a Inovação nas organizações não é a falta de recursos ou criatividade, mas de processos de inovação. Ele nos lembra que na maioria das organizações:
. Poucos tem acesso a insights de consumidores e de tecnologia;
. Aspirantes a inovadores sofrem com a burocracia interna para aprovarem suas ideias;
. Gestores médios não são responsabilizados por (não) treinarem suas equipes a inovar;
. Bônus não tem a inovação como alta prioridade;
. Métricas de rastreamento das inovações são pobres;
. Faltam parâmetros nítidos de definição e comparação de performance de inovação;
Porém examinando centenas de casos de sucesso, Gary Hamel identificou 4 hábitos constantemente presentes nas organizações inovadoras:
1. Desafio às Ortodoxias - colocando em cheque crenças que todos tem por imutáveis, que cegam a indústria a encontrar novas formas de fazer negócio. Afinal, todos os executivos de um setor leem as mesmas publicações, frequentam os mesmos congressos e eventos, reúnem-se com as mesmas pessoas. Ou seja, alimentam-se da mesma fonte de conhecimento. Os inovadores questionam. Será que essas verdades tidas por imutáveis são mesmo eternas? Em que medida, nossa proposta de valor, preços, suporte, distribuição e cadeia de suprimento são diferentes? Quais desses aspectos estão assim nos últimos 5 anos?
2. Tendências Menosprezadas - inovadores prestam muita atenção à tendências emergentes e descontinuidades que tem potencial de mudar o negócio. Sem "bola de cristal", olham onde os concorrentes não olham, sobretudo coisas que já estão acontecendo e não cenários futuros. Uma das técnicas é "avançar o filme": com as pequenas mudanças recentes, onde vai chegar o mercado em médio prazo? Estamos nos preparando para isso?
3. Competências e Recursos Subaproveitados - as empresas tendem a identificaram-se pelo que produzem/vendem, produtos e serviços ao invés de suas capacidades e conhecimentos. A Disney por exemplo está agora no mercado de Cursos de Idiomas, ensinando inglês a crianças chinesas usando seus personagens no projeto Disney English. O principal recurso e competência da Disney é saber recrutar pessoas entusiastas com crianças e criar conteúdo para elas. As perguntas críticas são:
. Que competências e recursos dominamos que são relativamente únicos e que podem gerar valor aos consumidores?
. Onde mais esses recursos e competências podem agregar valor?
. O que empresas como Google, Facebook ou Amazon fariam em meu setor se entrassem nesse mercado? (faz lembrar 'O que a Google faria?' de Jeff Jarvis)
Oportunidades de inovação podem se multiplicar.
. Que competências e recursos dominamos que são relativamente únicos e que podem gerar valor aos consumidores?
. Onde mais esses recursos e competências podem agregar valor?
. O que empresas como Google, Facebook ou Amazon fariam em meu setor se entrassem nesse mercado? (faz lembrar 'O que a Google faria?' de Jeff Jarvis)
Oportunidades de inovação podem se multiplicar.
4. Necessidades não Definidas - surpreender os consumidores com benefícios que eles nem sequer imaginavam, mas uma vez experimentados, não são capazes de largar: compras on-line, Skype, TiVo, rádio via internet, redes sociais, smartphones, etc.
. Onde fazemos os consumidores perderem tempo?
. Onde estamos complicando o processo?
. Onde tratamos os consumidores como meros números?
. Onde estamos forçando os consumidores fazerem coisas ou resolverem problemas em nosso lugar?
Em todos esses pontos existe oportunidade de resolver necessidades não-conhecidas de nossos consumidores.
Imagine ter um caixa nos supermercados, tal qual nas companhias aéreas, dedicado aos consumidores que mais frequentam ou mais gastam nesse supermercado?
Gary Hamel defende que a inovação é essencial aos negócios e à humanidade em geral. Devemos nossas existência à inovação acumulada pela humanidade ao longo dos séculos. Igualmente nosso bem-estar é devido à inovação: calcula-se que a receita per capta mundial cresceu 50% do ano 1000 a 1820, depois 800% de lá para cá. Isso deve-se à inovação. Devemos nosso futuro à inovação. Novos sistemas serão necessários para encarar as mudanças drásticas que vem por ai: aquecimento global, pandemias, terrorismo, degradação ambiental, etc.
Interessante.
. Onde estamos complicando o processo?
. Onde tratamos os consumidores como meros números?
. Onde estamos forçando os consumidores fazerem coisas ou resolverem problemas em nosso lugar?
Em todos esses pontos existe oportunidade de resolver necessidades não-conhecidas de nossos consumidores.
Imagine ter um caixa nos supermercados, tal qual nas companhias aéreas, dedicado aos consumidores que mais frequentam ou mais gastam nesse supermercado?
Gary Hamel defende que a inovação é essencial aos negócios e à humanidade em geral. Devemos nossas existência à inovação acumulada pela humanidade ao longo dos séculos. Igualmente nosso bem-estar é devido à inovação: calcula-se que a receita per capta mundial cresceu 50% do ano 1000 a 1820, depois 800% de lá para cá. Isso deve-se à inovação. Devemos nosso futuro à inovação. Novos sistemas serão necessários para encarar as mudanças drásticas que vem por ai: aquecimento global, pandemias, terrorismo, degradação ambiental, etc.
Interessante.
Confira também outros posts sobre o prof. Gary Hamel:
. O Futuro da Administração (2007, livro, resenha)
. Inovação na Gestão (2010, palestra)
. Tudo Mudou. Só falta a Administração (2010, vídeo-aula)
:)
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