Forbes: Os Melhores Livros de Negócios 2014

   


A Revista Forbes também divulgou sua lista de Melhores Livros de Negócios de 2014.
São eles (títulos da edição brasileira quando disponíveis):

. Business Adventures - John Brooks
. Money - Steve Forbes & Elizabeth Ames
. Moonshot! - John Sculley
. The Soft Edge (Teoria Soft Edge) - Rich Karlgaard
. Money: Master the Game - Tony Robbins
. The Innovators (Os Inovadores) - Walter Isaacson
. The Forgotten Depression - James Grant
. Zero to One (De Zero a Um) - Peter Thiel


Veja a lista de 2013 aqui.

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Amazon: Os Melhores Livros de Negócios 2014

   

O Amazon também divulgou sua lista de Melhores Livros de Negócios de 2014.

Foi escolhido o Livro do Ano de 2014 na categoria:

Flash Boys (Revolta em Wall Street) - Michael Lewis

Confira os demais títulos da lista:
(título da edição brasileira entre parêntesis quando disponível)

. The Innovators (Os Inovadores) - Walter Isaacson
. Zero to One (De Zero a Um) - Peter Thiel
. Capital (O Capital no séc. XXI) - Thomas Piketty
. #Girlboss - Sophia Amoruso
. Criativity, Inc. (Criatividade S.A.) - Ed Catmull & Amy Wallace
. Leaders Eat Last - Simon Sinek
. Think Like a Freak (Pense como um Freak) - Steven Levitt & Stephen Dubner
. Essentialism - Greg McKeown
. The Hard Thing about Hard Things - Ben Horowitz
. The Organized Mind - Daniel Levitin
. Dataclysm - Christian Rudder
. Talk Like TED (TED, Falar, Convencer, Emocionar) - Carmine Gallo
. How Adam Smith can Change your Life - Russ Roberts
. Bad Paper - Jake Halpern
. How the World sees You - Sally Hogshead
. Scalling up Excelence - Robert Sutton & Huggy Rao
. Entrepeneurial Strenghsfinder - Jim Clifton & Sangeeta Badal
. The Alliance - Reid Hoffman & Ben Casnocha
. Show & Tell - Dan Roam

Confira a lista de 2013.

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Financial Times: Os Melhores Livros de Negócios 2014

   

Financial Times divulgou o resultado de seu prêmio de 'Livro de Negócios do Ano'. 

O ganhador de 2014 foi:


Capital (O Capital no Séc.XXI)
 - Thomas Piketty


O prof. Piketty apresenta um estudo que vem desde o séc. XVIII para apresentar padrões e tendências que definem o Capitalismo do séc.XXI: o crescimento econômico e difusão do conhecimento mudaram muito o cenário mundial, mas certas práticas capitalistas como o retorno-sobre-o-investimento ainda precisam ser adaptadas.



Confira a lista dos demais indicados que concorreram 
(títulos da edição brasileira quando disponível):
Criativity, Inc. (Criatividade S.A.) - Ed Catmull
. Dragnet Nation - Julia Angwin
. Hack Attack - Nick Davies
. House of Debt - Atif Mian & Amir Sufi
. The Second Machine Age - Erik Brynjolfsson & Andrew McAfee


Confira no original do site.


Tem coisa boa na lista! Mais alguns candidatos a resenha por aqui...

Confira outras listas de livros premiados em 2014 aqui.

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Dar & Receber - Adam Grant

   
Título: Dar & Receber
Autor: Adam Grant
Tradução de: Give and Take
Editora: Sextante
Ano: 2013
Páginas: 305
ISBN/EAN: 9-788543-100753


“É dando que se recebe.”

Quantas vezes você já não ouviu isso!?

Pois é. O jovem professor de Psicologia Comportamental da Wharton,  Adam Grant, explica que isso é um típico comportamento do que ele chama de ‘Compensadores’.

Você faz algo para alguém na expectativa que esse alguém retribua, cedo ou tarde, te fazendo algo. Aparentemente sua ação é desprovida de interesse, mas no fundo, você quer algo em troca, ainda que a longo prazo. Ou no mínimo fazer a pessoa sentir que te deve. Esse perfil é o mais comum nos ambientes profissionais.

Segundo Grant existem outros dois tipos comportamentais:

1. Tomadores – tomam mais favores do que retribuem. Normalmente do curto prazo se dão melhor, pois tomam favores das pessoas que ficam na expectativa da retribuição. Apenas quando percebem no médio e longo prazos que não terão compensação alguma, as outras pessoas deixam de colaborar com os Tomadores. São os famosos espertinhos, ‘sugões’, parasitas. Tem sucesso apenas no curto prazo e são facilmente identificáveis no médio/longo prazos.

2. Compensadores – como explicado na introdução, são (somos) a grande maioria. Damos na expectativa de depois algo receber em troca. Na média, no balanço, terminam quase sempre empatados.

3. Doadores – dão muito mais do que recebem, em termos de favores. Não alimentam expectativas em receber retribuição. Fazem pelo prazer de se doar. Tem preocupação legítima com a demanda de quem pede. Normalmente são as maiores vítimas dos Tomadores. No curto prazo são as que menos sucesso tem.

Até ai, nos parece fruto do senso comum. Certo?

A novidade é que o prof. Grant estudou diversas atividades profissionais e colaborativas e seus impactos de longo prazo.

De seus estudos, concluiu que sim os Doadores são os que mais são vítimas dos Tomadores no sucesso de curto prazo, mas que no entanto, no longo prazo, os Doadores são os perfis mais comuns entre os profissionais nitidamente mais bem sucedidos. De tanto se doarem honesta e desinteressadamente, acabam por atingir o sucesso no efeito do coletivo. Ajudam os outros e o sucesso dos demais leva o time para frente, para cima e portanto ao sucesso que os Doadores também desfrutam. Porém, em ambientes onde há poucos Doadores, apenas Tomadores e Compensadores, o sucesso total somado é nitidamente menor, por normalmente terem soma zero (pelos Compensadores) ou negativa (por ação dos Tomadores).

O sucesso nos ambientes ricos em Doadores se dá pela habilidade com que estes contribuem em 4 campos:

1. Networking – dando mais que recebem, no médio e longo prazos criam relações mais duradouras e fortes.

2. Colaboração – tem maior facilidade em colaborar e de distribuir seus favores de forma mais justa entre os membros de um time.

3. Avaliação – tendem a perceber melhor a colaboração de cada membro do time de forma mais imparcial e normalmente dão um feed-back mais isento.

4. Influência – pelos fatores acima, são mais ouvidos ou melhor ouvidos que os outros dois tipos.

Portanto, Adam Grant conclui que os Doadores ao contrário do senso comum, são o verdadeiro fator de sucesso nas equipes e não os Compensadores.



Não por acaso, Dar & Receber de Adam Grant está entre os Livros Premiados de 2013 pelo Amazon e Thinkers'50.
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S+B: Os Melhores Livros de Negócios 2014

   

O site especializado em Estratégia e Negócios, S+B (Strategy & Business) divulgou sua lista de Melhores Livros de Negócios de 2014, divididos em 7 categorias:

(títulos da edição brasileira entre parêntesis quando existente)

1. Estratégia
. AccelerateXLR8 - John Kotter
O consagrado prof. John Kotter (Liderando Mudança, 1997) explica porque mesmo montando um time campeão e um Plano eficiente, muitas vezes a execução não é rápida o suficiente ou "perde o gás" ao longo do tempo e falha. Ele apresenta também uma ferramenta para gerenciar e acelerar Planos eficazes.

2. Marketing
. Tilt (Empresa Focada no Cliente) - Niraj Dawar
Nossos clientes compram nosso produto/serviço porque ele é melhor? 
Ou será porque nossos pontos de interação com o cliente são mais eficientes? 
Niraj Dawar defende que produtos melhores podem ser facilmente copiados (e são!). Estrutura, atitude, estilo de atendimento e preocupação com o cliente é bem mais difícil de copiar.

3. Desenvolvimento Executivo
. Left Brain, Right Stuff - Phil Rosenzweig
Tomar decisões racionais rotineiras é fácil: nosso lado Direito do cérebro aprende rápido com as lições racionais, as evidências, a experiência ou simplesmente evitando erros conhecidos. Mas tomar decisões complexas, normalmente as mais importantes!, é necessário moldar opiniões, inspirar seguidores, gerenciar riscos e contornar concorrentes. E isso é uma arte, obra para o lado Esquerdo do cérebro, habilidade que pouco se ensina ou se estimula desenvolver. O prof. Rosenzweig aborda justamente esse difícil processo.

4. Cultura Organizacional
. The Circle (O Círculo) - Dave Eggers
Dave Eggers cria uma ficção em que uma Colaboradora entra para trabalhar em uma famosa empresa de internet dos sonhos - o Círculo - onde tudo é fantástico, moderno e fashion. Porém a narrativa segue para o suspense, intriga e questões sobre memória, privacidade e democracia. 

5. Inovação
. Social Physics - Alex Pentland
Embasado em inúmeros estudos e dados, o prof. Pentland estuda por que certas ideias boas prevalecem e se espalham. 


6. Sustentabilidade
. The Big Pivot - Andrew Winston
Chegamos a um ponto crítico: o meio ambiente e a sociedade global está em risco. A preocupação sócio-ambiental, segundo Winston, deixa de ser ideal para essencial para a criação de valor e negócios das empresas. Ele estabelece um novo formato - um pivô - para essa virada.

7. Economia
. Capital (O Capital no Séc.XXI) - Thomas Piketty
O prof. Piketty apresenta um estudo que vem desde o séc. XVIII para apresentar padrões e tendências que definem o Capitalismo do séc.XXI: o crescimento econômico e difusão do conhecimento mudaram muito o cenário mundial, mas certas práticas capitalistas como o retorno-sobre-o-investimento ainda precisam ser adaptadas.

Boas sugestões de leitura para o ano.

Confira as listas da S+B de 2013 e 2012.
Veja outras listas de livros premiados de 2014 aqui.

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Contágio - Jonah Berger

   
Título: Contágio
Subtítulo: Por que as Coisas Pegam?
Autore: Jonah Berger
Tradução de: Contagious
Editora: Leya
Ano: 2013
Páginas: 224
ISBN/EAN: 9-788580-449945


Ao contrário do que as pessoas pensam, é a Mensagem e não o Meio que faz uma ideia pegar.

O premiado prof. Jonah Berger é novo, muito novo (nasceu em 1981). Tentou estudar em Harvard, mas não foi aceito. Estudou em Stanford, de onde saiu PhD. Depois foi procurado por Harvard para dar aulas, rejeitou para trabalhar na Wharton. Sem dúvida, concordando ou não com as ideias de Berger, hei de aceitar que ele é um pouco polêmico, ele mesmo um fenômeno contagioso, criador e criatura de sua teoria em certa medida.

De seus vastos estudos e artigos publicados sobre o Comportamento Humano, nasceu o livro 'Contágio' (Contagious = contagioso). Nele, Berger concluiu que o que faz uma ideia "pegar", contagiar e se espalhar feito um vírus é justamente o contrário da teoria de outro famoso estudioso e escritor do comportamento humano, Malcolm Gladwell. Em 'O Ponto da Virada', Gladwell defende que as ideias contagiam a sociedade quando um pequeno grupo de pessoas, chamadas por ele de Conectores, adotam a ideia e a divulgam. Ou seja, mais importante que a ideia em si, é o meio de propagação que garante o sucesso de sua difusão, qualquer que seja a ideia, moda ou hábito, quando os Conectores a adotam, a ideia "pega". Berger discorda. Segundo ele os Conectores ajudam, mas são dispensáveis. Valorizamos muito o meio ao invés da mensagem. Para Berger a ideia em si é que é o fator de contagio. Óbvio que não é qualquer ideia que pega. Ela precisa atender requisitos mínimos.

De 20% a 50% das decisões de compra são consequência de influência boca-a-boca, segundo o prof. Berger. Muito mais eficiente que propaganda tradicional. Isso por duas razões: 1. é persuasiva, não impositiva. 2. é dirigida. Você não conta algo para alguém que sabe que não se interessaria pelo assunto.

Ele nos alerta que, ao contrário do que se pensa, apenas 7% da comunicação boca-a-boca (contagiosa) ocorre online. Ou seja, por mais que as redes sociais ajudem a difundir ideias, notícias, produtos, eventos, etc., o grosso da comunicação contagiosa, boca-a-boca, é offline, analógica, cotidiana, da vida real biológica. Damos importância ao online apenas pelo fato de ser facilmente conferível. Já para que uma ideia se propague no meio offline, precisa seguir um caminho, uns passos.

Segundo Berger, são 6 princípios, passos, que uma ideia precisa para virar contagiosa. Coincidência, o acrônimo dos 6 passos gera a palavra STEPPS (steps em inglês = passos):

1. Moeda Social (Social Currency) - fazer a pessoa que compartilha a ideia parecer mais inteligente, fazer "ficar bem na fita". Todos queremos impressionar, passar por gente 'bacana'. Se ao passar a mensagem para frente, a pessoa parecer mais inteligente, mais 'in', mais na moda, a mensagem segue fácil.

2. Estímulos (Triggers) - ser assunto da hora, do momento. Ter um gatilho fácil. Certa vez o Kitkat tinha uma propaganda que o associava a café. Tipo "Kitkat vai bem com um café". A guloseima se aproveitou de um gatilho fácil ao se associar a ele. Café está por toda parte. Fez as pessoas lembrarem do Kitkat a toda hora e as vendas decolaram. Busque um estímulo, gatilho fácil e comum. Depois tente vincular sua ideia a esse gatilho. O resto vem fácil.

3. Emoção (Emotion) - ter a capacidade de gerar emoções. Quem se importa, compartilha. Quem lembra do caso do site 'Will it blend?' que desafiava a moer qualquer coisa em seu liquidificador Blentec, inclusive um iPhone? Hoje todos sabem que o liquidificador moi qualquer coisa em segurança. A emoção inicial foi de espanto. A ideia pegou. 

4. Público (Public) - mostrar que muitas pessoas estão fazendo o mesmo. Imitamos o que vemos os outros fazerem. Se a ideia é fácil de ser imitada e o seu uso ou hábito também for fácil de fazer e de se observar, ela 'cola'. Veja as selfies: todos fazem, todos são vistos fazendo, todos querem fazer também.

5. Valor Prático (Pratical Value) - ter utilidade para a vida real. As pessoas gostam de ajudar as outras, dar dicas. Se a ideia pode ajudar alguém a ajudar outras pessoas, esse alguém terá prazer em mostrar que sabe. 

6. Histórias (Stories) - ter histórias embutidas, ter algo para contar, ser fácil de contar. Pessoas não guardam informações, especificações de produtos, nomes, mas não esquecem uma boa história. Ainda mais se puderem contar a outras pessoas com facilidade.

Berger enfatiza, "siga os 6 passos e sua ideia ou produto vai contagiar".

Será? Ou talvez sua própria ideia/livro seja um bom exemplo do que ele fala?

Interessantes os pontos de Jonah Berger. Não à toa, Contagio figura entre os Melhores Livros de Negócios de 2013 do Amazon e do 800-CEO-read.

Saiba mais no site do autor. (inglês)

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ExpoManagement 2014: último dia

   

O último dia de ExpoManagement 2014 começou com Robert McKee que abordou interessantes aspectos do Poder do Storytelling, explicando como criar histórias fascinantes que prendem a atenção. Segundo McKee, nosso cerebro é uma máquina de montar histórias e tem 7 poderes:
1. Inteligência
2. Autoconsciência
3. Consciência dos outros
4. Imaginação
5. Correlação
6. Insight
7. Auto expressão
Criar histórias é o que dá poder à Humanidade.

Na sequência, Raj Sisodia explicou quais as características do Capitalismo Consciente, um conceito muito interessante de como liberar o espírito heroico das Empresas. Segundo ele, o novo mundo requer um novo Capitalismo, mais consciente e humano, citando empresas como a Whole Foods.

O prof. Ram Charan fechou os trabalhos da manhã, abordando a nova competência dos grandes líderes: Integração. As mudanças de mercado exigem estruturas hierárquicas com apenas 4 níveis e líderes integradores de experts. Charam citou alguns casos de empresas de sucesso que aprenderam a integrar bem e ensinou o processo de integração.

A jornada final começou com Thomas Davenport que mostrou o Big Data em ação. Como a Análise de Dados (Analytics) evoluiu da análise 1.0 para 2.0 e agora 3.0, com ricos exemplos de empresas que passaram de usuárias de Analytics para geradoras, para competidoras na base de Analytics. Super interessante!

A edição 2014 da ExpoManagement foi encerrada por Alexander Osterwalder que explicou o seu famoso canvas de Inovação em Modelos de Negócios e o novo canvas de Design de Proposta de Valor, tema de seu último livro recém saído do forno e de certa forma derivado, um "zoom" no canvas anterior, na parte de produto/serviço e clientes.

Sem dúvida os ensinamentos de Ram Charan foram o ponto alto do último dia de ExpoManagement 2014.

Enfim. Mais uma ExpoManagement que termina. Muito conteúdo para postagens aqui no blog. Muita sugestão de leitura para o ano. 
Ano que vem tem mais cobertura (já estamos escritos!).

Aguarde os detalhes, palestra por palestra, que publicaremos nos próximos dias.
Muito obrigado a quem prestigiou e interagiu pelo tweetstorm 
@AndreVarga #ExpoHSM2014.

Abraços! :)

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ExpoManagement 2014: 2o dia

   

O segundo dia de ExpoManagement 2014 começou com Nolan Bushnell, fundador da Atari, figura famosa do Vale do Silício. Como primeiro e único profissional a empregar Steve Jobs, contou como contratar e reter talentos criativos, dando diversas dicas práticas.

Susan Cain deu prosseguimento aos trabalhos tratando da introversão e o Poder dos Quietos. Segundo ela, metade da população do mundo é Introvertida (a outra, Extrovertida), no entanto vivemos em uma cultura que valoriza apenas os Extrovertidos e as atitudes extrovertidas. Com isso, estamos muitas vezes desperdiçando talentos introvertidos por simplesmente não saber como lidar com eles. Susan deu várias dicas para vencer barreiras para ambos, Introvertidos e Extrovertidos. Bem útil!

Al Gore, ex-presidente norte-americano, fechou a manhã falando das 6 Forças que estão mudando o Mundo: 
1. Automação do Trabalho
2. Novas Tecnologias de Comunicação (equipamentos móveis inteligentes, internet das coisas e big data)
3. Balanço do Poder
4. Crescimento e Concentração Demográfica
5. Biotecnologias
6. Mudanças Climáticas

Jim Collins abriu a volta do almoço em videoconferência tratando de uma tema que permeia seus 4 livros: a Grandeza. Homem de perguntas, Collins enunciou suas famosas 12 perguntas essenciais para um Líder de "Nível 5".

O prof. Tal Ben-Sharar na sequência explicou a abordagem da Psicologia Positiva em contraste com a tradicional, fechando o dia.

Um dia bem rico em conteúdos, difícil escolher um destaque. Mas, dadas minhas preferências de temas, tendo a indicar como destaque a abordagem de Susan Cain sobre os Introvertidos (como eu...).


Mais detalhes, palestra por palestra, publicaremos nos próximos dias.
E a cobertura ao vivo, você pode acompanhar pelo tweetstorm  @AndreVarga #ExpoHSM2014.

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ExpoManagement 2014: 1o dia

   

Os trabalhos de ExpoManagement 2014 foram iniciados pelo jovem professor Jonah Berger, autor do livro 'Contágio', que falou do impacto das epidemias sociais e da importância da mensagem emocional no efeito viral das coisas. Segundo ele, são 6 passos que geram um Efeito Viral, curiosamente formando o acrônimo STEPPS (step = passo em inglês): Moeda Social, Provocação, Emoção, Público, Valor Prático e Histórias.

Na sequência, o economista e jornalista brasileiro Ricardo Amorim fez suas considerações de cenários para a economia do País. Analisou as causas da crise econômica brasileira e do não-crescimento, além de listar as 15 áreas/setores que vão crescer no Brasil a despeito da crise. Interessantes oportunidades.

Chad Hurley, fundador do YouTube, falou em entrevista de sua experiência com esse fenômeno que ajudou a reinventar a comunicação moderna.


A volta do almoço foi aberta pela profa. Rita McGrath que explicou o fenômeno (título de seu livro) o Fim da Vantagem Competitiva, num leve desafio às teorias de Michael Porter. Ela defende que qualquer Vantagem Competitiva é efêmera, temporária e facilmente copiável, superável. Para Rita, são 6 princípios que sustentam a boa estratégia: 
1. Reconfiguração Contínua
2. Desligamento Saudável
3. Alocação Hábil de Recursos
4. Proficiência em Inovação
5. Nova Mentalidade em Liderança
6. Gestão Empreendedora de Carreiras. 
Ela também citou vários casos de insucesso baseados em Estratégias 'Nostáligicas', que não admitem a mudança. 

O professor e consultor César Souza fechou o dia explicando os atributos que as Empresas brasileiras buscam em um Líder. Souza elencou esses atributos em 7 disciplinas: 
1. Empresariamento (Gestão) de Resultados
2. Empresariamento de Pessoas
3. Empresariamento de Clientes
4. Empresariamento de Parceiros
5. Empresariamento de Tecnologia, Processos e Sistemas
6. Cultura e Valores
7. Auto-empresariamento

O destaque do dia, em minha visão, ficou por conta da abordagem analítica de Rita McGrath sobre diversos erros estratégicos de empresas baseados em vantagens competitivas tênues.


Mais detalhes, palestra por palestra, publicaremos nos próximos dias.
E a cobertura ao vivo, você pode acompanhar pelo tweetstorm @AndreVarga #ExpoHSM2014.

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Encontre o próximo Steve Jobs - Nolan Bushnell

   

Título: Encontre o próximo Steve Jobs
Tradução de: Finding the next Steve Jobs
Autor: Nolan Bushnell & Gene Stone
Editora: HSM
Ano: 2014
Páginas: 256
ISBN/EAN: 9-788567-389219

"A Flexibilidade é essencial. Aplique a mesma regra para todas as pessoas e circunstâncias e a única coisa que vai ter é um campo estéril e homogêneo. Nele a criatividade murcha e morre."

Nolan Bushnell é nada menos que o fundador da Atari. Quem tem mais de 40 anos (como eu) sabe o que isso significa. Em 1972 contratou Steve Jobs. Quem assistiu o filme Jobs com Aston Kusher (2013), Nolan é o cara que manda Steve tomar banho porque os colegas reclamam do seu odor. Lembrou?
Além da Atari, Bushnell fundou outras vinte e tantas empresas. Um empreendedor super influente no Vale do Silício e referência na historia dos video games.

Ajudado pelo famoso escritor e ghostwritter Gene Stone, Nolan resolveu escrever sobre como atrair pessoas criativas, horizontalizar a hierarquia e entender os criativos em sua Empresa em Encontre o próximo Steve Jobs.

A grande verdade, segundo Bushnell, é que não existe regra que se aplique a todas as pessoas. Saber Administrar exceções é essencial para cultivar a criatividade e a inovação por consequência. Esse é apenas um dos desafios de se encontrar e manter talentos criativos em sua empresa ou organização.

- Como atrair talentos criativos?

Ambiente de Trabalho é uma propaganda natural de sua Empresa. Comece pela página corporativa na internet, normalmente um site chato e blasé. Como vai atrair gente criativa quando um de seus cartões de visita diz que você é chato, retrógrado?
Se quer gente comum, média, mediana, medíocre, aparente ser assim. Mas se quer o contrário, sua aparência deve refletir isso.

"Gerenciar gente criativa é como criar gatos: eles não se prendem ao dono, mas ao lugar."

Steve Jobs quando trabalhou na Atari, segundo Bushnell, gostava de liberdade de horário e de trabalhar sozinho. Chegava tarde para poder trabalhar até de madrugada. Isso de início causou problemas com os colegas e com os sistemas de alarme de noite. Mas Bushnell aprendeu que assim Jobs conseguia criar livremente e era muito mais produtivo. 

Priorize Paixão e Intensidade em detrimento de Formação e Credenciais. Muito difícil de identificar em uma entrevista de emprego, mas fácil uma vez que a pessoa ganha um desafio. Conhecimento e técnicas podem ser ensinadas, Paixão não. Um diploma de escola de renome não garante desempenho, apenas carga intelectual. Referências de experiências anteriores sim, podem ser um bom indicador de desempenho. Inúmeros dos melhores criativos apaixonados não chegaram a concluir a universidade: Steve Wozniak, Bill Gates, Mark Zuckerberg, Coco Chanel e o próprio Steve Jobs. Normalmente os criativos são também muito curiosos. Em um entrevista farão também muitas perguntas sobre a empresa ou mesmo coisas pessoais do entrevistador, dono da empresa ou chefe a quem se reportarão. Perguntar sobre seus hobbies também ajuda, pois neles estão boa parte de sua paixão. Logo, ao falar dos hobbies, a intensidade da paixão pode ser interpretada, principalmente se o hobby for complexo, consuma tempo e esforço. Só mesmo com paixão alguém consegue manter um hobby complexo.  Misture tipos Loucos e Heterogêneos, fuja dos clones e homogêneos. Criatividade floresce nas diferenças e não nas semelhanças.

Cuidado com Impostores. Busque referências. Hoje todo currículo tem as mesmas palavras-chave (criativo, automotivado, trabalho em equipe, proativo, blá blá blá...). Fale com quem já trabalhou com o candidato. Acostume-se a perguntar "por que?" Enroladores decoram o jargão básico do QUE fazer, mas não sabem COMO. Pergunte.

- Como cultivar e reter talentos criativos?

Leve Anarquia. Quer manter um criativo alegre? Mantenha o ambiente alegre. Promova integração com pequenas festas, ou eventos descontraídos. Muitas excelentes ideias surgem quando a pressão pela tarefa some. Relaxadas, as mentes criativas permitem que boas ideias que estavam sendo pensadas em paralelo, no inconsciente, "flutuem", surjam. Outra forma de suavizar o ambiente, é a Horizontalização Organizacional. Estruturas de hierarquias rígida, comando-e-controle não funcionam com esse tipo humano. Títulos hierárquicos idem. Criativos gostam do respeito e de respeitar com base na sua Relevância no trabalho ou tarefa, não por seu título hierárquico. E sabem que essa relevância é meramente circunstancial. Hoje, nesse projeto você pode ser o 'bambambam'. Todos te prestam continência por seu conhecimento e capacidade de resolver problemas. Mas amanhã, em outro projeto, você pode ser apenas o cara que traz café para os relevantes, faz os prints ou confere erros de digitação. Saber conviver com esse poder circunstancial é básico no trato com os criativos. E se eles percebem que isso não acontece no ambiente (novamente a metáfora dos 'gatos'), abandonam o lugar.

Alimente a Justiça. Dar crédito para quem faz, quem tem a ideia. Porém cuidado para não dar poder de censura ao criador original, do contrário os demais não poderão sugerir melhorias e versões posteriores. O crédito é de quem fez, mas o poder de veto é coletivo.

Celebre o Fracasso. Sempre celebramos o sucesso e registramos a memória para uso futuro, os famosos casos de sucesso, referência, etc. Porém isso traz dois problemas: ocultar erros e pior, não aprender com eles. Portanto, casos de insucesso notório também precisam ser cultuados. Não pelo resultado, mas pelo aprendizado. Certamente podem ser de valia para evitar casos semelhantes futuros. Muita gente deixa de ser criativa por medo de dar sugestão, ou pior, de ser responsabilizado depois se a execução for mal feita. Isso cria um clima negativo de criatividade. Se todos se derem conta que o insucesso traz aprendizado e esse aprendizado precisa ser compartilhado, mais fácil entender que a falha é parte necessária de qualquer negócio. Obviamente que existem formas ótimas de errar: a custo baixo, sem consequências extremas, de baixo risco. Quando os erros ótimos não são punidos, encorajam os criativos a tomar riscos controlados, evitando que boas ideias morram de origem, apenas por medo.

Tenha Mentores. Normalmente um criativo não tem conhecimento de todos os processos da empresa, principalmente os burocráticos. Um mentor interno, um "mecenas da ideia", é necessário, para fazer a ideia caminhar pelos corredores da aprovação interna. E esse mentor não precisa ser um criativo, pelo contrário, um experimentado eficiente em processos internos. O trabalho dele é fazer a ideia caminhar, tirar as pedras do caminho.

Semeie Desafios. Independente de quem esteja envolvido no projeto, avise todos que a organização tem um time trabalhando em um determinado desafio. Criativos em geral tomam isso como um oportunidade extra, mesmo que não seja de sua área e passam a pensar no tema como um quebra-cabeça. Acabam sempre tendo alguma ideia diferente que pode colaborar com o time responsável.

Fale a língua dos criativos. Se você não é expert no tema, mas precisa interagir com os criativos da área, antes estude o linguajar. Criativos tendem a te ignorar quando percebem que você não percebe e eles não tem tempo a perder contigo explicando o que para eles é obvio. Querem sim, tomar o tempo explicando o novo, a descoberta, a criação. Quando o gerente vira aluno, ganha respeito dos criativos.

Neutralize os Negativos. Sempre fácil rejeitar uma ideia achando que não vai dar certo. Principalmente verbalmente, quando a velocidade do feed-back parece mais importante que a fundamentação. Quando uma ideia é muito rejeitada, sugira que o feed-back negativo seja dado por escrito para fins de registro e aprendizado posterior. Ao ter de justificar a negativa por escrito, deixando evidência e tendo de apresentar argumentos lógicos ou números, normalmente o crítico tende a aliviar ou deixar brechas para a ideia prosseguir, isso quando não mudam de ideia totalmente.

Flexibilize Processos. Muitas vezes a burocracia impede a ideia ou reação acontecer no tempo certo. Se o custo for baixo, permita exceções e 'atalhos' eventuais. Ter processos não é ruim, mas ter processos que impedem o avanço, é muito ruim.

Em resumo, é o Ambiente (o terroir) que traz boas vinhas. Cuide dele primeiro, que naturalmente boas 'sementes' virão até você.

Excelentes pontos e dicas em 'Encontre o próximo Steve Jobs' de Nolan Bushnell.


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10 Provas de que você já não se Importa

   

Recentemente a FastCompany publicou uma interessante matéria sobre sinais que emitimos no dia-a-dia que podem dar a impressão nos outros que não nos importamos com as coisas, que traduzimos/adaptamos abaixo.

1. Não acompanha seus Projetos - dizem que o silêncio quer dizer 'tudo bem', mas em se tratando de projetos, não atualizar ou acompanhar seus colaboradores do andamento das coisas pode dar o sinal errado que você não se importa, ou que eles fazem não é importante. A dica: se não puder ter contato pessoal, ao menos um email regular, diário ou semanal mantem a 'chama acesa'.

2. Demora muito a responder chamadas e emails - sim, todos somos muito ocupados e sabemos que os outros também são. Mas quando esperamos respostas não levamos isso em conta. Dica: crie o hábito de deixar os emails não respondidos em uma caixa separada do inbox. Todos os dias cuide para que as datas não sejam mais velhas que 48h. Responda todos os emails nem que seja para dizer que não teve tempo ainda de responder, mas que está nisso. Atraso é ruim. Ignorar bem pior.

3. Ouve só "com um ouvido" - ler ou responder emails no computador ou mensagens no celular enquanto conversa com alguém é demonstrar que o que o outro está te dizendo é apenas música de sala de espera. Dica: peça um minuto para terminar o email/mensagem e dê atenção 100% a quem fala contigo. Se o assunto por se extender e você não tem esse tempo, peça à pessoa marcar outro horário para terminarem o assunto. Mas não faça as duas coisas ao mesmo tempo.

4. Não se interessa pelo lado pessoal dos outros - ainda que ache que apenas temas profissionais cabem em um ambiente de trabalho, no final das contas são pessoas que interagem com você, não crachás e cartões de visita. Dica: 5 minutos de conversa sobre um tema pessoal não mata nenhum projeto ou tarefa e você ganha depois atenção em troca quando precisar, e vai precisar!

5. Transfere clientes para outro colega com facilidade - lembre-se que cada cliente é um pessoa, cada empresa cliente também, e não simplesmente uma transação ou conjunto de transações. Ninguém gosta de se sentir assim. Seus clientes são sua atenção, não de outro colega.

6. Deixa sempre para última hora para pedir o que necessita - se for pedir algo para alguém, não deixe para última hora para que a urgência não deixe o colega sem opção de dizer não. Dica: ao contrário, tendo tempo suficiente de reação o colega consegue te ajudar melhor. Demonstre a mesma consideração que gostaria que tivessem ao pedir a você. 

7. Faz as coisas com pressa - destine tempo e energia suficientes a cada projeto. Tentar abraçar o mundo, sendo superficial em suas contribuições em inúmeros projetos só o fará parecer oportunista e sem senso de compromisso com o resultado. Dica: seja mais Artesão que Operário. Algo bem feito e com profundidade tem mais valor que inúmeras coisas feitas de qualquer jeito.

8. Perde prazos com frequência - perder prazos é não se importar com o tempo dos outros. Dica: se sente que não vai conseguir terminar, renegocie o quanto antes o prazo. A consideração pelo tempo alheio vale mais que a tarefa em si, muitas vezes.

9. Descuida das coisas pequenas - lampadas queimadas, equipamentos quebrados ou mal cuidados demonstram que você não se importa com o clima do ambiente de trabalho e estimula os outros a também não se importar.

10. Esquece de agradecer - reconhecer um trabalho bem feito, ainda que simples ou rotineiro, muitas vezes é apenas o que o executor espera de quem o pede. Dica: dizer 'obrigado' toma apenas segundos, os mesmos que você tomou para ler a palavra aqui. 

Interessantes pontos. Confesse que já se viu passando por algumas dessas atitudes. Eu sim.

Sempre bom prestar atenção nisso!

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