Forbes: Os Melhores Livros de Negócios 2013


   
E seguem as listas de livros do ano.
A revista Forbes também divulgou sua lista de 10 Melhores Livros de Negócios de 2013Confira (título da edição brasileira quando disponível):

. The Billionaire & the Mechanic - Julian Guthrie
. Brick by Brick (Peça por Peça) - David Robertson & Bill Breen
. The Frackers - Gregory Zuckerman
. The Great Escape - Angus Deaton
. Hatching Twitter (A Eclosão do Twitter) - Nick Bilton
. The Idealist - Nina Munk
. I Invented the Modern Age - Richard Snow
. The Everything Store - Brad Stone
. One Summer - Bill Bryson
. Trading Bases - Joe Peta

Só aumentando meu to-do de leitura, mas tudo bem...

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O Poder do Hábito - Charles Duhigg

   
Título: O Poder do Hábito
Autor: Charles Duhigg
Tradução de: The Power of Habit
Editora: Objetiva
Ano: 2012
Páginas: 408
ISBN/EAN: 9-788539-004119

Por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios?
Como surgem os hábitos? Como criar bons hábitos?
E o mais importante, como nos livrarmos dos maus hábitos?

Intrigado sobre a formação de nossos hábitos, o jornalista de negócios do New York Times Charles Duhigg começou a investigar o assunto que culminou no best seller 'O Poder do Hábito'.

Estudos sobre Comportamento Humano sempre me fascinaram e depois de ler Charles Duhigg posso tranquilamente colocá-lo junto a Daniel Pink, Dan Ariely, Chip e Dan Heath, Steven Levitt e Martin Lindstrom como um rol de ótimas referências no tema.

E se você gosta dos autores acima não tem como não se entreter também com 'O Poder do Hábito'.

Segundo Duhigg, nosso cérebro está programado para a otimização. O raciocínio e o pensar consomem muita energia e tempo. Quando o cérebro percebe um padrão repetir-se, passa a automatizar a ação sem pensar, transformando-a em rotina, armazenando-a em outra parte do cérebro, para que a parte do raciocínio possa dedicar-se à outras atividades. Assim, não raciocinamos mais ao andarmos de bicicleta, digitarmos, escrevermos, praticarmos qualquer atividade motora repetitiva. A ação torna-se um hábito. Não pensamos para executá-la. Apenas a executamos após um estímulo que aprendemos a relacionar à ação. Dessa forma o cérebro economiza energia e tempo.

Portanto da mesma forma que o cérebro aprende bons hábitos também é capaz de aprender os maus, os que podem a médio e longo prazos ser nos prejudiciais.

Mas o que faz algo virar um hábito ou não? Como criar então bons hábitos e como livrar-se dos maus?

Acessando centenas de estudos neurológicos e psicológicos, Duhigg compreendeu que existe um ciclo de criação de um hábito, o Loop do Hábito, composto de 3 elementos essenciais: 

. Deixa ou Gatilho
. Rotina (o Hábito em si)
. Recompensa


A Regra de Ouro da Mudança de Hábitos
Portanto para alterar um hábito é necessário primeiro identificar o real gatilho ou deixa que desencadeia a rotina que queremos mudar. Essa tarefa sem dúvida não é fácil, pois nem sempre esse gatilho é tão obvio ou vinculado diretamente à rotina.
Um vez descoberto o gatilho, é necessário identificar a recompensa que sempre associamos à rotina desencadeada pelo gatilho. Novamente, nem sempre a recompensa é tão óbvia ou diretamente ligada à rotina.

The Power of Habit: Why We Do What We Do in Life and BusinessPois bem, segundo Duhigg, para mudarmos o hábito, o gatilho e a recompensa não podem ser alteradas. Devem ser mantidas, até porque já se automatizaram em nosso cérebro. Mas usando a mesma combinação de gatilho-recompensa, devemos introduzir racionalmente, propositalmente uma Rotina diferente, não maléfica, mas que traga a mesma recompensa.

Charles Duhigg explica usando um exemplo próprio. Notou que diariamente no meio da tarde, entendiado ou cansado, levantava-se de sua mesa de trabalho e ia à cafeteria para tomar e comer alguma guloseima. Satisfeito voltava a trabalhar. O problema é que o hábito lhe trouxe uns quilinhos a mais. Estudando o processo deu-se conta que na verdade não era alimento que buscava, mas quebrar o tédio ou cansaço com socialização da cafeteria. Portanto usando a mesma dica (cansaço ou horário na tarde) para fazer outra rotina: Buscava um café ou outra bebida, mas ao invés de comer alguma guloseima, visitava a mesa de algum colega e batia um papo descontraído. Logo percebeu que voltava à sua mesa sem fome e satisfeito. 

Note que a recompensa não tinha nada a ver com o consumo de alimento mas de socialização. E para descobrir a real Dica e a real Recompensa, Duhigg fez inúmeros testes mudando a recompensa (alimentos diferentes, visitar a cafeteria em horário vazio, etc). até concluir sua descoberta.

Hábitos alimentares, roer unhas, tabagismo e alcoolismo enquadram-se perfeitamente na regra de Duhigg, obviamente que em um grau de complexidade maior no entendimento das Dicas e principalmente das Recompensas. Mas é sabido o quanto a mudança das rotinas é essencial para o tratamento desses maus hábitos. Os 12 passos dos Alcoólicos Anônimos tem muito de substituição de rotinas.


Uma outra forma de explorar o mesmo conceito é o combate ao esquecimento. Muitas pessoas fazem isso (confesso eu também). Para garantir não esquecer de fazer algo, "plantam" um gatilho visual para lembrarem: um objeto deixado na mesa da sala para lembrar de levá-lo consigo na viagem, um objeto deixado fora do lugar para lembrá-lo de fazer algo, etc. Isso evidentemente funciona melhor com pessoas mais visuais. 

O livro é super bem escrito, rico com exemplos e esquemas gráficos. Duhigg descreve inúmeras pesquisas que chegaram a descobertas científicas que embasam sua análise.

Além disso ilustra casos de uso desse conceito por empresas como Alcoa e Starbucks para incutir hábitos benéficos em suas organizações ou mesmo para gerar vendas, como McDonalds e Target.

Charles Duhigg encerra o livro com um guia rápido, uma 'receita de bolo', 4 passos para mudar hábitos:

1. Identifique a Rotina 
Essa é fácil, é o que você quer mudar.

2. Experimente com Recompensas 
Ao sentir o impulso, busque uma recompensa diferente e anote as 3 primeiras coisas que vem à sua mente. Tente depois com 4 ou 5 recompensas diferentes.
Programe um alarme para 15 depois da recompensa. Se ainda sentir vontade pela recompensa é que esta recompensa não funcionou. Se passar a vontade, bingo.

3. Isole a Deixa
Toda Deixa se enquadra em uma das 5 categorias: Lugar, Hora, Estado Emocional, Outras Pessoas ou Ação imediatamente anterior. Toda vez que a vontade bater, anote as 5 coisas acima. depois de alguns dias você vai notar um padrão. Algum dos 5 (pode ser mais de um) vai se repetir: você achou a Deixa.

4. Tenha um Plano
Sabendo da Recompensa, planeje um hábito benéfico que possa levar à mesma Recompensa do mau hábito. Teste-o.

Obviamente alguns hábitos são mais difícies de mudar que outros, mas todos seguem essa mecânica.

O vídeo abaixo (legendado), ajuda a explicar um pouco a ideia principal de Duhigg:

Não à toa, 'O Poder do Hábito' foi indicado entre os Melhores Livros de Negócios de 2012 pelo Amazon e pela FastCompany.

Saiba mais sobre o Autor no site dele.

Excelente dica de leitura. Recomendo muito.

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800-CEO-Read: Os Melhores Livros de Negócios 2013


   

O site especializado em livros de negócios 800-CEO-read anualmente divulga seu prêmio de Melhor Livro de Negócios do Ano e em 2013 o escolhido foi:
Springboard: Launching Your Personal Search for SUCCESS
Springboard - Richard Shell

Além do Livro do Ano, o site indica os Melhores em 8 Categorias:
(título da edição brasileira quando disponível)

Negócios em Geral
. The End of Competitive Advantage
O Fim da Vantagem Competitiva) - Rita McGrath

Liderança
. Playing to Win (Jogar para Vencer) - Roger Martin & A.G. Lafley

Gestão
. Joy, Inc. - Richard Sheridan

Inovação & Criatividade
. Unthink (A Lógica do Pensamento Criativo) - Erik Wahl

Pequenos Negócios & Empreendedorismo
. Without their Permission - Alexis Ohanian

Marketing & Vendas
. Unlabel - Marc Ecko

Desenvolvimento Pessoal
. Springboard - Richard Shell

Economia & Finanças
. The Alchemists (Os Grandes Alquimistas Financeiros) - Neil Irwin

Entre os que ficaram na reta final (short list) identifiquei alguns bons títulos que recomendo:
Big Data (Big Data) - Viktor Mayer-Schönberger & Kenneth Cukier
The Everything Store - Brad Stone
. Contagious (Contágio) - Jonah Berger
. Jab, Jab, Jab, Right Hook - Gary Vaynerchuk


Veja quem foram os ganhadores em 2012, 2011 e 2010.

Confira outras listas de livros premiados em 2013 aqui.
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Sob a Lupa da Inovação - Ron Adner

  
  

Título: Sob a Lupa da Inovação
Autor: Ron Adner
Tradução de: The Wide Lens - A new Strategy for Innovation
Editora: Elsevier-Campus
Ano: 2012
Páginas: 280
ISBN/EAN: 9-788535-259384

Por que algumas inovações dão certo e outras não?

Por que às vezes uma nova tecnologia aparentemente é tão revolucionária nos laboratórios e testes mas dá errado quando vai ao mercado?

Intrigado com essas questões, o prof. Ron Adner da Tuck School e do INSEAD, passou mais de uma década estudando a causa-raiz do sucesso e do fracasso na inovação e fruto desses estudos, surgiu The Wide Lens - Sob a Lupa da Inovação.

O título é muito sugestivo, já que ao passarmos a inovação por uma lupa mais poderosa, podemos ver detalhes e pontos cegos que nos passam despercebidos sem o olhar mais atento. E são justamente esses detalhes a causa do fracasso ou sucesso de uma iniciativa de inovação. 

Muitos defendem que basta uma Execução bem feita, seguida à risca com disciplina, que qualquer plano pode dar certo (para entender bem o conceito de Execução, Ram Charan é a melhor dica de leitura). Em parte sim, sem dúvida que um plano mal executado não tem como dar certo. Mas quando se trata de por em prática algo inusitado, inovador, que muda o status quo radicalmente, apenas uma execução eficaz não garante sucesso.


Talvez o melhor exemplo que o livro traz para ilustrar seja o caso da Michelin e os pneus PAX System no início dos anos 2000, que permitiam seguir rodando mesmo com o pneu murcho, quase vazio por mais de 100Km. De fato, uma inovação tecnológica de grande valor. A mídia especializada chegou a fazer prognósticos que em 2010, 80% dos carros já rodariam com pneus com tecnologia run-flat (roda mesmo furado). Mas hoje não é o que vemos.
 Encurtando a história, mesmo com a promessa (e entrega!) de um excelente benefício aos motoristas que poderiam seguir viagem por um tempo maior com um pneu furado, o produto foi um fracasso gerando considerável prejuízo para a então líder de mercado de pneumáticos. O PAX trazia benefício ao usuário final, ao fabricante de automóveis até mesmo aos borracheiros pois, apensar de oferecer maior autonomia que um pneu normal, quando reparado gerava mais receita aos borracheiros, já que o reparo custava substancialmente mais caro que um reparo de um pneu comum. Os próprios motoristas entenderam isso e aceitavam o valor agregado de se ter mais autonomia caso um pneu viesse a furar ou esvaziar mesmo que pagando mais pelo conserto. O desenvolvimento, testes, lançamento e comunicação do novo produto também foram executados com eficiência.

Então por que deu errado?

Um detalhe passou despercebido. 
Um aspecto não foi visto à luz de uma lupa mais ampla, ficou em um ponto cego do projeto: para poder oferecer reparo ao pneu PAX, os borracheiros deveriam investir caro em um sistema todo novo de reparo e manutenção, que além de ser exclusivo para o PAX, demoraria muito para se pagar (retorno-sobre-investimento), já que a base instalada de carros rodando com PAX demoraria para ganhar escalabilidade que viabilizasse o investimento no maquinário. Isso sem contar todo o treinamento que os borracheiros teriam de se submeter, diferente de qualquer outro tipo de pneu novo que chegava ao mercado que sempre poderia ser reparado usando o equipamento existente e treinamentos já feitos. 
Final da história, os borracheiros reticentes esperaram o PAX ganhar massa crítica para investirem nos equipamentos e os primeiros usuários do PAX ao precisarem do reparo (mesmo depois de 100Km rodando murchos, precisavam de reparo) não encontravam borracheiros aptos ao serviço, logo migraram de volta aos pneus "comuns". O assunto rodou em um "ovo-galinha" e por fim o PAX teve de parar de rodar. Tecnologicamente uma pena.


Segundo o prof. Adner, foi um típico caso onde o Ecossistema de Inovação foi mal avaliadoNa verdade o sucesso muitas vezes não depende apenas de quem tem a iniciativa da inovação, mas também de parceiros, outros players na arena do negócio.

Efetivamente dois são os riscos comumente não-vistos:

Risco da Inovação Conjunta
Quando o sucesso da inovação depende do sucesso da comercialização de outras inovações. Exemplo típico são os Smartphones e as respectivas Aplicações. Sem as aplicações um smartphone é apenas um celular comum que acessa a internet.
O exercício que Adner nos ensina é o cálculo desse risco:
Imagine que a chance de uma inovação dar certo seja de 50%. Mas você depende de outros 3 parceiros, cujas chances são igualmente de 50%.
Qual a probabilidade de sucesso total da co-inovação? 50% certo?
Errado!
Não é o caso de se tirar uma média e sim de se compor um risco, ou seja:
Probabilidade de Sucesso = 50% x 50% x 50% x 50% 
                                     = 0,5 x 0.5 x 0,5 x 0,5 = 0,065 
                                     = 6,5% apenas!
Ou seja, quanto mais parceiros, MAIOR o risco, quanto menos, MENOR.
Reduza o risco, reduzindo a dependência de parceiros.
No exemplo acima, imagine que SEM os 3 parceiros seu sucesso individual baixa dos 50%  para uns 15%. Ainda que seja bem menor que os 50% é bem maior que os 6,5% combinados.
Solução
1. Agregue parceiros apenas se eles agreguem probabilidades de sucesso MAIORES.
e/ou
2. Reduza o pacote INICIAL de benefícios do produto, desde que isso aumente a possibilidade de sucesso. Depois agregue os demais benefícios de maior risco.

Risco da Cadeia de Adoção
Quando o sucesso da inovação depende de parceiros adotarem a inovação antes de os consumidores. Esse era o caso do PAX Michelin.
A maioria dos inovadores pensa apenas no consumidor. Ok, nada de errado pensar no benefício do consumidor, mas não podemos nos esquecer que ANTES de chegar ao consumidor existe toda uma cadeia de valor que também precisa ganhar para o produto seguir em frente.

Se no caso da Inovação Conjunta a lógica é da Multiplicação (e não de Média), na Cadeia de Adoção, a lógica é dos Mínimos. Veja os 2 exemplos abaixo de ganhos:

Inovação A:
Ganho líquido final = +11 (média de +2,75 por instância)
Inovação B:
Ganho líquido final = +4 (média de +1 por instância)

Qual das Inovações terá mais sucesso? B!
Note que mesmo a opção A gerando mais ganhos totais e médios, em uma instância o ganho é negativo, o Varejista ("retailer") teria prejuízo de -1. Logo o negócio nem seria fechado e o produto não chegaria às mãos do consumidor mesmo gerando 5 vezes mais benefício que a opção B. 
Esse pequeno "detalhe" do prejuízo do Varejista na cadeia de valor é o "elo que rompe a corrente".

Solução: não pense apenas no benefício ao usuário final, mas nos benefícios relativos ao longo de toda a cadeia. 
Quem é o cliente mais importante dentro da cadeia de valor? Todos!
Basta um não ganhar que a cadeia não se estabelece!

Se for o caso sacrifique um pouco do seu ganho inicial para que todos na cadeia ganhem e apoiem a iniciativa. Depois de os consumidores se convencerem do valor do produto, os ganhos intermediários dos parceiros podem até serem revistos.
No exemplo acima, basta o Inovador redesenhar a oferta reduzindo seus ganhos de +4 para +2 que o Varejista passa de -1 para +1 viabilizando o negócio. Note que esse +2 pode sair inclusive dos +5 do consumidor (virando +3).

Mapeie o Ecossistema antes!
Entenda todos os envolvidos na cadeia de valor e os facilitadores e parceiros que impactam na entrega do benefício final ao usuário.
Calcule o Risco da Inovação Conjunta
Calcule o Risco de Adoção na Cadeia de Valor

- Mas como eu faço caso os riscos sejam muito altos?
Minimize-os.
- Ah tá! Mas como?

Além das dicas acima, verifique quais mudanças abaixo você pode fazer:
1. Separar - recursos de forma que novo valor pode ser oferecido (isolando composições de maior risco para oferecer depois separadamente).
2. Combinarrecursos de forma que novo valor pode ser oferecido (adicionando componentes de risco mínimo).
3. Realocarrecursos de forma que novo valor pode ser oferecido 
4. Adicionarrecursos de forma que novo valor pode ser oferecido 
5. Subtrairrecursos de forma que novo valor pode ser oferecido 

Note que o risco nunca poderá ser eliminado, zerado, mas sim reduzido com essas combinações acima. Faça testes de combinação. Faça contas.

O prof. Adner conclui com 3 Princípios-guias para a execução:

1. Caminho de Viabilidade Mínima (MVF, Minimum Viable Footprint) - ao contrário do caminho tradicional com um "piloto" com a proposta completa de valor mas implementada de forma restrita, o prof. Adner propõe um caminho alternativo, o MVF. Comece com uma versão que apresente uma viabilidade mínima, de menor risco portanto, mas totalmente comercial e que ainda ofereça valor tangível ao consumidor com diferenciação.


(imagem: startorg)

2. Expansão em Fases - após lançada a inovação com uma viabilidade mínima, passe a adicionar recursos e benefícios, passo-a-passo. Importante fazer assim, pois caso a inovação fracasse (porque algo foi mal calculado) as perdas são mínimas e dando certo reduz os desafios subsequentes.

3. Transposição de Ecossistema - uma vez estabilizado o Ecossistema inicial, a mesma plataforma pode ser usada para Inovações futuras. Reaproveite a plataforma criada.

Interessantes dicas, não?
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