Execução - Ram Charan & Larry Bossidy

Título: Execução - A Disciplina para Atingir Resultados
Autor: Ram Charan & Larry Bossidy
Tradução de: Execution
Editora: Elsevier-Campus
Ano: 2002
Páginas: 244
ISBN/EAN: 9-788535-215380


Talvez o mais conhecido dos livros do prof. Ram Charan, Execução tem a essência do maior dos desafios dos negócios modernos. 

Por mais que sua empresa tenha um plano estratégico arrojado, um produto ou serviço extremamente inovador, talentos invejados no mercado, se não dispor de um atributo essencial, não chegará a realizar o sucesso que almeja: Execução. A Execução é o que liga os planos e metas com os resultados. Sem uma execução bem feita, suas metas não sairão do papel e não passarão de meros desejos, sonhos. Aliás, é a Execução o maior obstáculo único capaz de barrar o sucesso.
Segundo os autores - o prof. Ram Charan e o experimentado executivo Larry Bossidy - a performance de uma empresa depende de 3 Processos de Execução que pousam sobre 3 Pilares Básicos:

3 Pilares:
. Os 7 Comportamentos Essenciais do Líder
1. Conheça seu Pessoal e sua Empresa.
2. Insista no realismo.
3. Estabeleça metas e prioridades claras.
4. Conclua o planejado.
5. Recompense quem FAZ.
6. Faça Coaching: desenvolva as capacidades dos outros.
7. Conheça a si mesmo.

. Modelo de Mudança Cultural: os resultados esperados com a mudança devem ser fácil e claramente explicados ao time. As recompensas por atingir os resultados devem estar vinculados à performance. O diálogo deve ser bem mais intenso que o costumeiro visto que em processos de mudanças, dúvidas e incertezas surgem a todo momento. Deve também ficar claro quem fica responsável e responsabilizável por o que. Sempre bom lembrar que a mudança deve vir de cima: o exemplo. Os líderes normalmente tem do time o tipo de comportamento que eles mesmos demonstram.

. Pessoas Certas nos Cargos Certos: selecionar e avaliar pessoas é o pilar mais crítico em uma organização. O maior problema é que chefes tendem a selecionar pessoas similares a si e não as necessárias ao trabalho, tendem a selecionar pessoas com quem tem facilidade de convívio e apoio e não necessariamente as que vão FAZER as coisas. 40% do tempo e energia de um gestor de pessoas deve ser dedicado a selecionar, avaliar e desenvolver sua equipe. Difícil manter essa disciplina. Ao selecionar pessoas, mais que olhar seus títulos e posições no currículo, os nomes das escolas e empresas, deve se tentar entender se o candidato é bom em FAZER, EXECUTAR, entregar, definir prioridades, não apenas definir, conceituar, apontar os pontos críticos, etc. Os bons teóricos raramente são os melhores executores. Cuidado ao selecionar pessoas, nem sempre você precisa de 'professores', mas de quem 'ponha a mão na massa'. Uma dica de seleção é fazer as perguntas corretas, para ver com o que a pessoa se excita mais ao falar: no que ela realizou, fez, executou ou nas responsabilidades e complexidades dos cargos que ocupou. Buscar referências também é uma prática cada vez mais comum.

Sobre esses Pilares, pousam os 3 Processos de Execução:
. Pessoas: avaliar com precisão e profundidade as pessoas. Identificar potenciais líderes com base em uma matriz Performance x Comportamento. Preparar os potenciais líderes para ascender e liderar.

Cuidado ao promover pessoas. As vezes um excelente profissional de um nível, passa a ser um péssimo líder simplesmente porque não está preparado ou não quer liderar. O problema é que quando isso acontece, não se pode simplesmente dispensar o recém promovido, pois se não tivesse sido promovido, certamente continuaria tendo boa performance na posição anterior. Portanto quando isso acontecer, deve-se buscar uma posição alternativa, onde o profissional possa ser aproveitado com conveniência.

Todos os processos de RH/DP devem estar alinhados com resultados e a estratégia da empresa, são as pessoas que executam os planos, portanto suas carreiras, benefícios, bônus, processos devem ter relação com os resultados.
Pessoas são o que vinculam a Estratégia às Operações.

. Estratégia: o plano estratégico deve claramente explicar ONDE se chegar quanto metas e resultados esperados, atribuindo às Pessoas, tarefas e responsabilidades com prazos, parâmetros e pontos de cheque. Um bom Plano Estratégico, segundo os autores responde a nove questões:
1. Como é o panorama (do negócio)?
2. Qual o seu grau de entendimento dos clientes e mercado?
3. Qual a melhor maneira de fazer o negócio crescer de maneira rentável e quais os obstáculos?
4. Quem são os concorrentes?
5. A empresa pode executar a estratégia?
6. Existe equilíbrio entre o curto e o longo prazos?
7. Quais os marcos importantes na execução do plano?
8. Quais os principais problemas que a empresa enfrenta?
9. Como o negócio vai gerar lucro sustentável?

A Estratégia, no final das contas é o que liga as Pessoas às Operações.

. Operações: o processo Estratégico define ONDE ir, o processo de Pessoas, QUEM vai ir, logo o processo de Operações define o CAMINHO (como) ir, definindo metas de curto prazo para se chegar às de longo prazo (estratégia). É dividido em 3 passos:
1. Definir das Metas específicas: poucos números, resumíveis em uma única página.
2. Definir as Ações (Plano de Ação) incluindo contingências.
3. Acordo de Responsabilidades: quem faz o que, até quando.
Revisões desse Plano de Ações devem ser feitas de acordo com o negócio, mensal, trimestal ou semestralmente de modo a sincronizar eventuais mudanças com as metas de curto prazo.
As Operações, vinculam as Pessoas à Estratégia, na prática.

O segredo no final das contas, está no subtítulo do livro: Disciplina.


Confira um pouco da palestra de Ram Charan na ExpoManagement 2011, justamente falando sobre Execução. Várias dicas interessantes.

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