ExpoManagement: A Sustentabilidade como Vantagem Competitiva - Peter Senge

(Foto: HSM)

O prof. Peter Senge do MIT, ficou famoso por seu livro de 1990, "A Quinta Disciplina" sobre os alicerces da Organização que aprende. Desde então lecionou e escreveu sobre outros temas correlatos e mais recentemente vem contribuindo muito também no pensamento empresarial da Sustentabilidade, tema central de seu último livro "A Revolução Decisiva" de 2008. Talvez Peter Senge seja um dos mais antigos estudiosos no campo da Sustentabilidade Corporativa junto a John Elkington.


Não vou gastar aqui seu tempo com aquela prosopopeia apocalíptica sobre Aquecimento Global, o fim da água potável, 10 bilhões em 2050, muita boca para alimentar, final dos tempos, etc. que você já deve saber o suficiente. Mas o fato é que para reverter esse quadro em declínio, Governos e ONGs sozinhos não vão conseguir "chegar lá". Cabe também às Empresas um papel fundamental para promover a Sustentabilidade Global através dos Negócios Sustentáveis. 


E os negócios serão sustentáveis quando atingirem resultados positivos não apenas Financeiros, mas Sociais e Ambientais, o chamado TBLTripple Bottom Line

Se em "A Quinta Disciplina", Peter Senge defendeu o conceito de que o Aprendizado é a principal vantagem competitiva que uma Empresa pode ter, agora ele adiciona o conceito de que a Empresa agora precisa aprender a prover a Sustentabilidade do Planeta para não somente manter a Humanidade e o Planeta vivos, mas também para manter-se viva nos Negócios. E Revolução Industrial "ensinou" as Empresas a gerar riqueza explorando os recursos naturais do planeta e também os recursos humanos. Nunca a Humanidade gozou de tanta riqueza, ainda que mal distribuída, porém o modelo de exploração gradativamente tornou-se de exaustão. Portanto a próxima Revolução que passará a Humanidade - a tal "Revolução Decisiva" de Senge - é justamente no sentido de substituir o componente  Exploração/Exaustão dessa equação de riqueza pelo "Reuso". Não somente saber o quanto se degrada do natural para se obter um produto ou serviço entregue em seu consumidor/usuário final, mas alterar o processo de forma que esses recursos possam ser repostos à natureza em sua maior parte e que o processo em si não deixe resíduos, não somente físicos como sociais. As necessidades do presente devem ser supridas, tendo sempre em mente que não se prejudique o futuro.


A Coca-cola por exemplo, já se deu conta que são necessários 250 litros de água para produzir UM litro do refrigerante.


Mas, segundo Senge, não é preciso alarmismo. Não precisa medo. Mas também não é só mudar um pouco os hábitos de consumo. O que é preciso fazer é mudar TODA a forma de explorar os recursos naturais de forma economicamente e ecologicamente viável.
As coisas já estão mudando. E as Empresas que se adiantarem, começando antes, certamente terão uma vantagem competitiva em médio prazo, de inovar e liderar os negócios quando estes serão TODOS sustentáveis (TBL).


Peter Senge citou alguns exemplos, como o da Nike, que para 2020 tem a meta de zero resíduos e zero perdas, ganhar dinheiro apenas transformando coisas SEM desperdício nem resíduo algum.


Sem dúvida, algo para se pensar e crer o quão revolucionário vai ser.
Viveremos para vermos... suponho.


Veja o resumo das outras palestras da ExpoManagement 2011 aqui.


J < / >.






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