O prof. Michael Porter é outro que dispensa apresentações. O "pai da Competição" falou na ExpoManagement 2012 sobre um novo conceito-chave seu, para a Sustentabilidade: a Criação Compartilhada de Valor, talvez o mais importante em todo o evento.
Porter defendeu que a inovação estratégica passará a vir dos Problemas Sociais, que não faz mais sentido encarar os problemas Sociais e Ambientais desassociados da geração de Riqueza e dos Negócios, portanto. Muito mais que simplesmente as empresas se preocuparem com o Tripple Bottom Line, precisam incluir a Base da Pirâmide Social na criação de valor. Ele nos lembra que apenas as Empresas podem gerar riqueza. Governos e ONGs podem sim, gerir riqueza, mas gerar não. Gerar é com as Empresas:
"O Capitalismo é mágica: cria valor, cria riqueza".
Porém as Empresas não tem se envolvido o suficiente na solução de problemas sociais e pior, tem sido erroneamente vistas como a causa desses problemas. Recentemente as ONGs viraram os "bonzinhos" e as Empresas os "maus". Hoje sabemos que não é bem assim.
Na visão tradicional, o papel das Empresas era maximizar o valor para seu acionistas - quem já não estudou isso na faculdade? - mas aos poucos, com o aumento dos problemas Sociais, a Filantropia ganhou espaço. Mas na verdade não resolveu nada. O modelo Filantrópico segundo Porter é positivo, mas não resolve por não ter o impacto social suficiente. Na sequência veio o modelo de Responsabilidade Social Corporativa, que também não teve sucesso, pois a Base da Pirâmide entra no lado errado da equação: não é para ela que deve se gerar valor, e sim COM ela. Sutil diferença que se torna nítida somente agora.
O foco não deve ser criar produtos e serviços mais baratos para a Base da Pirâmide social consumir e sim, inclui-la na criação de valor que permita que o status quo social da Base possa ser alterado, mudar vidas. Não se trata de vender barato aos pobres, mas de gerar riqueza COM eles, em que ambos parceiros - pobres e empresa - ganhem.
Novos Produtos e Serviços devem endereçar Necessidades Sociais (e Ambientais) e não apenas de Consumo. A Cemex, citou Porter por exemplo, mais que vender cimento mais barato, pesquisa como construir moradias mais baratas e eficientes.
Um Novo Capitalismo vem surgindo:
Modelo do Valor para os Acionistas -> Modelo Filantrópico -> Modelo de Responsabilidade Social Corporativa -> Modelo de Criação Compartilhada de Valor
As oportunidades de Criação Compartilhada de Valor, segundo Michael Porter, estão principalmente nos setores de Energia, Compras, Logística e Canais, pois envolve 3 escopos do modelo de negócio:
1. Produto - Consumidores
2. Cadeia de Suprimento
3. Comunidades Envolvidas (consumidores, fornecedores, colaboradores, localidades afetadas)
Um novo posicionamento deve ser buscado pelas empresas em seus negócios, como exemplo:
. Alimentos -> Nutrição
. Calçados -> Saúde e Bem-estar
Governos e ONGs são essenciais para parcerias, mas sozinhos não são capazes de resolver pois não conseguem gerar Riqueza. As Empresas são as únicas instituições na malha social capazes de gerar Riqueza Social, mas não através de Filantropia e meras Ações de Responsabilidade social, e sim pela Criação Compartilhada de Valor.
Esse é o Novo Capitalismo de Michael Porter, que migra da maximização do Valor aos Acionistas, para a Criação Compartilhada de Valor.
Muito interessante o conceito. Nítida a oportunidade para os Países Emergentes nesse Novo Capitalismo.
Para saber mais sobre Michael Porter e suas ideias:
. Competição (resenha)
. As 5 Forças
. As 7 Surpresas para os Novos CEOs
Porter defendeu que a inovação estratégica passará a vir dos Problemas Sociais, que não faz mais sentido encarar os problemas Sociais e Ambientais desassociados da geração de Riqueza e dos Negócios, portanto. Muito mais que simplesmente as empresas se preocuparem com o Tripple Bottom Line, precisam incluir a Base da Pirâmide Social na criação de valor. Ele nos lembra que apenas as Empresas podem gerar riqueza. Governos e ONGs podem sim, gerir riqueza, mas gerar não. Gerar é com as Empresas:
"O Capitalismo é mágica: cria valor, cria riqueza".
Porém as Empresas não tem se envolvido o suficiente na solução de problemas sociais e pior, tem sido erroneamente vistas como a causa desses problemas. Recentemente as ONGs viraram os "bonzinhos" e as Empresas os "maus". Hoje sabemos que não é bem assim.
Na visão tradicional, o papel das Empresas era maximizar o valor para seu acionistas - quem já não estudou isso na faculdade? - mas aos poucos, com o aumento dos problemas Sociais, a Filantropia ganhou espaço. Mas na verdade não resolveu nada. O modelo Filantrópico segundo Porter é positivo, mas não resolve por não ter o impacto social suficiente. Na sequência veio o modelo de Responsabilidade Social Corporativa, que também não teve sucesso, pois a Base da Pirâmide entra no lado errado da equação: não é para ela que deve se gerar valor, e sim COM ela. Sutil diferença que se torna nítida somente agora.
O foco não deve ser criar produtos e serviços mais baratos para a Base da Pirâmide social consumir e sim, inclui-la na criação de valor que permita que o status quo social da Base possa ser alterado, mudar vidas. Não se trata de vender barato aos pobres, mas de gerar riqueza COM eles, em que ambos parceiros - pobres e empresa - ganhem.
Novos Produtos e Serviços devem endereçar Necessidades Sociais (e Ambientais) e não apenas de Consumo. A Cemex, citou Porter por exemplo, mais que vender cimento mais barato, pesquisa como construir moradias mais baratas e eficientes.
Um Novo Capitalismo vem surgindo:
Modelo do Valor para os Acionistas -> Modelo Filantrópico -> Modelo de Responsabilidade Social Corporativa -> Modelo de Criação Compartilhada de Valor
As oportunidades de Criação Compartilhada de Valor, segundo Michael Porter, estão principalmente nos setores de Energia, Compras, Logística e Canais, pois envolve 3 escopos do modelo de negócio:
1. Produto - Consumidores
2. Cadeia de Suprimento
3. Comunidades Envolvidas (consumidores, fornecedores, colaboradores, localidades afetadas)
Um novo posicionamento deve ser buscado pelas empresas em seus negócios, como exemplo:
. Alimentos -> Nutrição
. Calçados -> Saúde e Bem-estar
Governos e ONGs são essenciais para parcerias, mas sozinhos não são capazes de resolver pois não conseguem gerar Riqueza. As Empresas são as únicas instituições na malha social capazes de gerar Riqueza Social, mas não através de Filantropia e meras Ações de Responsabilidade social, e sim pela Criação Compartilhada de Valor.
Esse é o Novo Capitalismo de Michael Porter, que migra da maximização do Valor aos Acionistas, para a Criação Compartilhada de Valor.
Muito interessante o conceito. Nítida a oportunidade para os Países Emergentes nesse Novo Capitalismo.
Para saber mais sobre Michael Porter e suas ideias:
. Competição (resenha)
. As 5 Forças
. As 7 Surpresas para os Novos CEOs
Acompanhe a cobertura das demais palestras da ExpoManagement 2012 aqui.
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