As Frases que os Gerentes detestam dizer


Qual foi a última vez que você disse uma das seguintes frases para algum Subordinado seu ?

"Não sei."
"Eu estava errado."
"Lamento."
"Você pode me ajudar?"
"O que você acha?"
"O que você faria?"
"Você poderia me explicar isso? Não tenho certeza se entendi."

A HBR - Harward Business Review - publicou em seu blog nessa semana, uma matéria que fala das dificuldades que Gerentes têm em demonstrar suas vulnerabilidades, que em última instância, afetam um conceito cada vez mais valorizado não somente nos Profissionais, mas também nas Empresas: a Transparência.

Em épocas de Marketing 3.0, Motivação 3.0 e Sustentabilidade, foi-se o conceito dos Chefes Infalíveis, os "Sabe-tudo", os "Chefes-resposta". Como diz Jim Collins, a "Liderança cada vez mais se exerce em fazer as Perguntas Certas que em dar as  Respostas Certas". Vivemos a era do "Líder-pergunta", não mais do "Chefe-resposta". Evidentemente que falamos do líder "pergunta-certa", não do líder "pergunta-sempre". Sutil diferença.

É compreensível e natural termos dificuldade em admitir erros. Afinal "errar é humano, mas admitir o erro não é". (Leia mais em 'Sucesso & Fracasso')
No entanto, cada vez mais a transparência dos gestores, o seu comportamento mais humano e portanto sujeito a falhas, tem se mostrado essencial no exercício da liderança. Os subordinados cada vez acreditam menos nos Gerentes Infalíveis e tendem a seguir mais os gerentes que falham, mas admitem as próprias falhas e buscam a correção e a solução, por identificarem-se com eles, por entendê-los também como humanos. 

Segundo a matéria do HBR, a incapacidade em reconhecer seus próprios erros e admiti-los abertamente, a curto prazo faz dos gerentes, profissionais menos eficazes. Seja porque perdem a oportunidade de aprender o que tentam esconder ignorar ou fingem saber, seja porque, cedo ou tarde, vão ter de lidar com a situação de liderar pessoas que sabem mais.
Mas a principal razão para se admitir erros ou ignorâncias, é o "voto de confiança" que se ganha do time ao nos mostrarmos "reais", humanos, nús, sujeitos a falhas. 

Resumindo:
Errar é transparente. Errar é eficaz.

Veja a matéria na íntegra (em inglês).

E ai? Entendeu? Não vai fingir que sim, né?

:)

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O Enigma de Einstein - Jeremy Stangroom

Título: O Enigma de Einstein
Autor: Jeremy Stangroom
Tradução de: Einstein´s Riddle
Editora: Marco Zero
Ano: 2009
Páginas: 141
ISBN/EAN: 9-7885721-315827



Reza a lenda que Albert Einstein ainda menino teria formulado um enigma de lógica que segundo ele apenas 2% da população mundial seria capaz de desvendar:



"São 5 casas, cada uma de uma cor diferente, com 5 moradores de 5 nacionalidades diferentes, que tomam 5 tipos de bebida diferentes, que praticam 5 esportes diferentes e tem cada um, um animal diferente de estimação."


Pergunta: "Quem seria o dono do PEIXE?", sabendo-se que:


.o inglês mora na casa vermelha.
.o sueco tem um cachorro.
.o dinamarquês bebe chá.
.a casa verde fica à esquerda da branca.
.o dono da casa verde bebe café.
.o que joga futebol tem um pássaro.
.o que joga beisebol tem casa amarela.
.o da casa do centro bebe leite.
.na 1a casa mora o norueguês.
.o jogador de vôlei mora ao lado do que tem gato.
.o dono do cavalo mora do lado do que joga beisebol.
.o que joga tênis bebe cerveja.
.o alemão joga hóquei.
.o norueguês mora ao lado da casa azul.
.o que joga vôlei tem um vizinho que bebe água.

O enigma baseia-se em lógica e um pouco de tentativa-e-erro. A solução requer, antes de mais nada, alguma organização visual. Vale tentar. Dica: faça um quadro.


Image of Jeremy StangroomÉ bem possível que a autoria de Einstein seja lenda, mas esse "rótulo" ajuda a vender a idéia e o desafio para as pessoas tentarem, ao menos para se entitularem entre os tais 2% do mundo capazes de resolvê-lo.



O livro de Jeremy Stangroom começa com esse enigma e apresenta uma série de outros dos mais diversos níveis em uma agradável apresentação gráfica.

Um bom livro de passa-tempo lógico e bom de se presentear quem gosta de livros assim.



No link existe uma ferramenta que ajuda você simular as possibilidades, sem precisar gastar resmas de papel rabiscando como eu...


:)
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Livros premiados 2010(800-CEO-read)


O site 800-CEO-read, especializado em resenhas de livros de negócios, anunciou os livros vencedores de 2010 em seu Prêmio Anual (que começou em 2007).
(entre parênteses os títulos das edições em português, quando existentes)

.Livro do Ano
Rework (Reinvente sua Empresa) - Jason Fried & David Heinemeier Hansson

.Negócios em Geral: 
Broke, USAGary Rivlin

.Liderança
Bury My Heart at Conference Room B 
  (Comprometa-se de Coração) - Stan Slap

.Gestão
Getting Naked (Dispa-se) - Patrick Lencioni

.Vendas & Marketing
The Man Who Sold AmericaJeffrey Cruikshank & Arthur Schultz

.Desenvolvimento Pessoal
Switch (A Guinada) - Chip & Dan Heath

.Inovação & Criatividade
Where Good Ideas come from (De Onde vêm as Boas Ideias) - Steven Johnson

.Finanças & Economia
Diary of a Very Bad Year - Editora n+1   


Além dos premiados, o site lista outros livros de destaque em cada categoria desde 2007. Confira a matéria original em inglês.


Os dois principais colaboradores do site 800-CEO-Read publicaram um livro em 2009: Os 100 Melhores Livros de Negócios de Todos os Tempos. Confira a resenha.


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Ética Online enxuta


O site Brand Autopsy publicou na semana passada um Código enxuto de Ética Online.

Basta adicionar a palavra "online" no final de algumas frases de bom senso da Ética Corporativa e da boa educação "tradicionais". 
Frases simples, do dia-a-dia, como que tiradas de biscoitos da sorte chineses:


Fortune_1
"Não compartilhe informações financeiras confidenciais... online."


Fortune_2
"Não faça comentários depreciativos à Empresa... online."


Fortune_3
"Não discuta assuntos sigilosos da Empresa... online."


Fortune_4
"Peça permissão das pessoas antes de publicar fotos delas... online."


Fortune_5
"Não faça comentários hostis ou ofensivos às pessoas... online."



100% bom senso. Super simples, super enxuto, super "lean".

Sinta-se à vontade para compartilhar... online!  
:)
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Independência ou Dependência "in"?


[ Traduzido e adaptado do blog de Seth Godin dessa semana ]

A auto-suficiência é uma boa meta, algo que sempre valeu a pena. 
Mas ultimamente ela tem ficado cada vez mais impossível, se de fato queremos algum resultado.
Toda nossa produtividade, criatividade, insights vém de fazermos parte de um grupo, de uma comunidade, não ficando aparte dela. Portanto, a meta real deveria ser descobrir como nos tornarmos MAIS dependentes e não menos.

Como sempre, para se pensar.


Confira também as resenhas de livros de Seth Godin:
. A Vaca Roxa
. A Grande Mudança


:)
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A Hora da Verdade - Jan Carlzon


Título: A Hora da Verdade
Autor: Jan Carlzon
Tradução de: Moments of Truth (Riv Pyramiderna)
Editora: Sextante
Ano: 1985
Páginas: 137
ISBN/EAN: 9-788575-421567




Esse livro já está em uma categoria de "Clássicos" entre os livros de negócios. Seja pela sua "idade" (originalmente lançado em 1985), seja por sua aplicabilidade até os dias de hoje, coisa que em livros de negócios nem sempre é uma regra. Muitos são os livros de negócios que perdem sua relevância com o passar dos anos. Afinal, Administração é uma ciência acima de tudo de "humanas", que em sua essência prevê não só inovações mas atualizações que por vezes levam conceitos antigos a não mais serem usados ou tomados por válidos. Enfim, absolutamente não é o que ocorre com "A Hora da Verdade" de Jan Carlzon.

Seu título original em sueco - Riv Pyramiderna - que significa algo como "inverta a pirâmide" dá ainda mais sentido ao livro que seu título em português, traduzido da versão "internacional" em inglês Moments of Truth (Momentos de Verdade). Enfim, detalhes, mas que ajudam no entendimento do conceito do livro. 

Antes de mais nada, "A Hora da Verdade" conta uma história real, a experiência de Liderança do sueco Jan Carlzon à frente da SAS - Scandinavian Airlines System - desde sua prematura presidência aos 32 anos na subsidiária de viagens da companhia, passando pela filial de cargas até a presidência do grupo, levando a empresa problemática a ser escolhida a melhor companhia aérea do mundo nos anos 1980, em meio a uma crise do setor.

Como Carlzon conseguiu? 

Invertendo a pirâmide (viu porque o detalhe do título sueco era importante!), dando mais autonomia ao pessoal da base da pirâmide, e portanto de linha-de-frente com o cliente nesse ramo. Essa autonomia se manifestaria no que ele chamou de "Momentos de Verdade" (ou Horas da Verdade), momentos em que funcionários de frente-de-linha, interagindo com clientes diretamente e com outros níveis da empresa, poderiam tomar decisões acima de sua natural esfera de atribuições, desde que isso significasse resolver um problema rapidamente para o cliente, mesmo que não estivesse dentro das políticas operacionais, mas estratégicas da empresa. Carlzon foi um dos primeiros executivos a "de fato" convencer internamente uma empresa a priorizar o cliente e mostrar que com isso é que viria a lucratividade.

Alguns pontos interessantes do livro, e da sua história, é que Jan não assumiu sua primeira presidência sabendo disso. Pelo contrário, como a maioria dos executivos novos que assumem cargos altos, tentou se fazer mais forte e sabedor de tudo do que de fato era, chegando a ser chamado pelos corredores de "Ego Boy". Foi de colegas e subordinados que ele aprendeu que não era apenas "mandando" que ele deveria liderar a empresa, mas acima de tudo, "mostrando" o caminho, facilitando o trabalho dos demais, principalmente a média-gerência.

Ao se convencer disso, Carlzon mudou sua forma de conduzir sua subsidiária e em consequência de seu sucesso, foi galgando cargos até presidir a empresa toda em um momento de crise (outro!) no setor aéreo levando a ser escolhida a melhor do mundo naquela época.

A narrativa de Jan mostrando suas tentativas e erros, exemplificando situações é de extrema valia mesmo hoje, principalmente para executivos de média e alta gerências na área de serviços ou que comandem pessoas de atendimento direto com consumidores.

Super rápido e fácil de ler. Seu sucesso se comprova ao ser editado e vendido até hoje, mais de 25 anos depois de escrito.

"A Hora da Verdade" está entre os "100 Melhores Livros de Negócios de Todos os Tempos" (2009), de Todd Sattersten & Jack Covert. Segundo os autores, normalmente livros de negócios  tomam 250 a 300 páginas para nos dar o que esse "pequeno tesouro" nos dá em pouco mais de 100.


Leia também outro livro que trata de "inverter a gestão de cabeça para baixo": "Primeiro os Colaboradores, depois os Clientes" de Vineet Nayar.

:)
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Inovação Reversa & "Glocalização"

Em nosso mundo tão acelerado, muito se fala de Inovação. Seja inovação em produtos ou serviços, inovação em modelos de negócios e agora também inovação em Gestão propriamente dita.

Um conceito que vem ganhando voz mais recentemente, e agora foi tema de discussão no Forum Econômico Mundial de 2011 em Davos, é a Inovação Reversa. O assunto ganha importância na medida em que põe em foco os Países Emergentes, "palco principal" desse tipo de inovação.

Mas afinal, o que é essa tal Inovação Reversa ?


O prof. Vijay Govindarajan, renomado estudioso e consultor corporativo de Inovação, que participou de um painel no Forum Mundial sobre esse assuntonos define muito bem em seu blog


Abaixo temos uma tradução / resumo:

Em poucas palavras, Inovação Reversa é a inovação desenvolvida nos Países Emergentes e exportada aos Desenvolvidos. Uma espécie de "reversão" na noção trivial de inovação, que normalmente faz o caminho contrário, dos Desenvolvidos para os Emergentes. São os Emergentes exportando solução para os Desenvolvidos, para o mundo.

O quadro abaixo (sorry só tenho em inglês...), explica bem como isso evolui.




São 4 fases:

1. Globalização - produtos de Países Desenvolvidos são "defeatured" - redesenhados tirando recursos e cortanto custos - para serem competitivos nos mercados Emergentes.

2. "Glocalização" - esses mesmos produtos globais passam a ser produzidos localmente nos Países Emergentes para consumo nos próprios.

3. Inovação Local - Países Emergentes desenvolvem seus próprios produtos inovadores para consumo local.

4. Inovação Reversa - esses mesmos produtos inovadores locais de Países Emergentes passam a ser exportados, adaptados ou melhorados, para os Países Desenvolvidos, para o mundo todo.


O que vale para Produtos, evidentemente pode vale para Serviços ou Modelos de Negócios.

Até recentemente, apenas a "Glocalização" era coisa freqüente dentro do processo de Globalização. Agora, alguns Países Emergentes - China, Índia e Brasil principalmente - estão "revertendo" o fluxo de Inovação, desenvolvendo Inovação para problemas locais e até exportando solução para o resto do mundo.

Sem dúvida, muita oportunidade de crescimento para quem investe nesses Países.

Veja também a palestra de Vijay Govindarajan no ExpoManagement 2010.

J < / >.

Não dá para agradar todos... aliás não se Deve!


Saiu no Blog de Seth Godin* hoje:
(traduzido e adaptado)

Um bom lema para os que trabalham focados no que é relevante:

"Não podemos agradar TODOS. Na verdade, nem tentaremos."

Ou talvez:

"Impossível agradar TODOS em nosso trabalho. Desperdiça o tempo de nossos melhores clientes e chateia nosso time. Perdoe-nos por nos focarmos naqueles que realmente tentamos agradar."

A matemática aqui é simples: na medida que você se esforça a agradar TODOS, acaba agradando menos a uns para agradar outros um pouquinho mais. E isso lhe enlouquece.


Gostou?
(Espero sinceramente que, ao menos alguns, digam... NÃO!)


*Seth Godin é autor, entre outros, de "A Vaca Roxa" e editou "A Grande Mudança".

J < / >.

A Visão & a Filosofia

"Por natureza, todos os Homens desejam o Conhecimento.
   
Uma indicação disso é o valor que damos aos Sentidos, acima de tudo o da VisãoPreferimos a Visão pois é o Sentido que mais nos ajuda a conhecer as coisas, revelando muitas diferenças."



                     "O Conhecimento", Aristóteles em "Metafísica".


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