Os 100 Melhores Livros de Negócios de Todos os Tempos - Todd Sattersten & Jack Covert

Título: Os 100 Melhores Livros de Negócios de Todos os Tempos
Autor: Todd Sattersten & Jack Covert
Tradução de: The 100 Best Business Books of All Time
Editora: Campus-Elsevier
Ano: 2009
Páginas: 328
ISBN/EAN: 9-788535-236293



Notas da Editora:
 
"Milhares de livros de negócios são publicados todos os anos. Uma pesquisa realizada mostra que a razão principal para as pessoas comprarem livros sobre negócios é achar a solução para seus problemas. Mas como saber qual é o que procuramos? Como discernir o bom do melhor e os melhor daquele considerado excelente? A solução para esse problema está neste livro, que serve de referência a qualquer pessoa interessada em aprofundar seus conhecimentos sobre o mundo do business.
As leituras indicadas neste livro estão divididas em 20 capítulos, organizados por categorias como estratégia, liderança, vendas e marketing, além de biografias e grandes ideias. Esse guia é uma fonte única de informações e interessará a qualquer um que queira descobrir livros brilhantes que realmente valham seu investimento de tempo e dinheiro.

Além de leituras “técnicas” o livro indica filmes, clássicos da literatura e até livros infantis que podem render insights relevantes.

É o guia de referência mais completo sobre a área já publicado.
'O livro é realmente um achado. Vale a pena estar nas mãos de gente diferenciada.' (Ozires Silva)"
 
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Bem... a grande sacada dos livros-listas, não importa se sobre invenções, personalidades, batalhas, datas históricas, e até mesmo livros sobre livros, é o CRITÉRIO de seleção. Evidente que a QUANTIDADE de "itens" listados (10 maiores seleções de futebol , 50 maiores inventos, 100 discursos mais influentes, etc.) e as DESCRIÇÕES em si são pontos essenciais em livros-listas, mas um aspecto que pode determinar o sucesso ou fracasso desse tipo de livro é o CRITÉRIO escolhido pelos autores para elegerem um assunto como incluído ou não no livro. Pois bem, esse critério requer uma competente explicação na introdução do livro para justificar porque determinado verbete entrou na lista e outros não. Também via de regra, é impossível agradar "gregos e troianos".
Photo courtesy of Kathrine Berger
Os autores de "Os 100 Melhores Livros de negócios de Todos os Tempos" - respectivamente Jack Covert e   Todd Sattersten na foto não fugiram à regra. Estabeleceram seu critério e elaboraram o livro. Experiência no ramo não lhes falta. Tudo começou com o site 800ceoread.com/ e o blog blog.800ceoread.com/ especializados em resenhas de livros de negócios. Depois o site do próprio livro 100bestbiz.com/ abriu possibilidades para os leitores também compartilharem experiências ligadas aos livros citados.

Os livros resenhados são:

( Entre parêntesis são os títulos das edições traduzidas, quando existentes. Os eventuais links levam a resenhas aqui do Blog.)

Você
Flow (A Descoberta do Fluxo) - Mihály Csikzentmihályi
Getting Things Done (A Arte de Fazer Acontecer) - David Allen
The Effective Executive (O Gerente Eficaz) - Peter Drucker
How to Be a Star at Work (Como Brilhar no Trabalho) - Robert E. Kelley
The 7 Habits of Highly Effective People (Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes) - Stephen R. Covey
How to Win Friends and Influence People (Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas) - Dale Carnegie
Swim with the Sharks Without Being Eaten Alive (Como Nadar com Tubarões sem Ser Comido Vivo) - Harvey B. Mackay
The Power of Intuition - Gary Klein
What Should I Do with My Life? (O que Devo Fazer da Minha Vida?) - Po Bronson
Oh, the Places You’ll Go (Ah, os Lugares aonde você irá!) - Dr. Seuss/Theodore Geisel
Chasing Daylight (Claro como Dia) - Eugene O'Kelly

Liderança
On Becoming a Leader - Warren Bennis
The Leadership Moment (O Momento de Liderar) - Michael Useem
The Leadership Challenge (O Novo Desafio da Liberança) - James M. Kouzes e Barry Z. Posner
Leadership is an Art (Liderar é uma Arte) - Max De Pree
The Radical Leap (Liderança Radial) - Steve Farber
Control Your Destiny or Someone Else Will (Controle o seu Destino Antes que Alguém o Faça) - Noel Tichy e Stratford Sherman
Leading Change (Liderando Mudança) - John P. Kotter
Questions of Character (Uma Questão de Caráter) - Joseph L. Badaracco Jr.
The Story Factor - Annette Simmons
Never Give In! (Jamais Ceder!) - discursos de Winston Churchill

Estratégia
In Search of Excellence (Vencendo a Crise) - Thomas J. Peters e Robert H. Waterman Jr.
Good to Great (Empresas feitas para Vencer) - Jim Collins
The Innovator’s Dilemma (Dilema da Inovação) - Clayton M. Christensen
Only the Paranoid Survive (Só os Paranóicos Sobrevivem) - Andrew S. Grove (aka. András István Gróf)
Who Says Elephants Can’t Dance? (Quem disse que os Elefantes não Dançam?) - Louis V. Gerstner Jr.
Discovering the Soul of Service (Descobrindo a Essência do Serviço) - Leonard Berry
Execution (Execução) - Larry Bossidy e Ram Charan
Competing for the Future (Competindo pelo Futuro) - Gary Hamel e C. K. Prahalad

Vendas & Marketing
Influence (O Poder da Persuasão) - Robert B. Cialdini
Positioning (Posicionamento:  A Batalha por sua Mente) - Al Ries e Jack Trout
A New Brand World (O Novo Mundo das Marcas) - Scott Bedbury e Stephen Fenichell
Selling the Invisible (Vendendo o Invisível) - Harry Beckwith
Zag (Zag: A Estratégia Número 1 das Marcas de Sucesso) - Marty Neumeier
Crossing the Chasm - Geoffrey A. Moore
Secrets of Closing the Sale (Os Segredos da Arte de Vender) - Zig Ziglar
How to Become a Rainmaker - Jeffrey J. Fox
Why We Buy (Vamos às Compras) - Paco Underhill
The Experience Economy (O Espetáculo dos Negócios) - B. Joseph Pine II e James H. Gilmore
Purple Cow (A Vaca Roxa) - Seth Godin
The Tipping Point (O Ponto da Virada) - Malcolm Gladwell

Regras e Sistemas de Pontuação
Naked Economics - Charles Wheelan
Financial Intelligence (Inteligência Financeira na Empresa) - Karen Berman e Joe Knight
The Balanced Scorecard (A Estratégia em Ação) - Robert S. Kaplan e David P. Norton

Gestão
The Essential Drucker (O Melhor de Peter Drucker) - Peter Drucker
Out of the Crisis (Saia da Crise) - W. Edwards Deming
Toyota Production System (O Sistema Toyota de Produção) - Taiichi Ohno
Reengineering the Corporation (Reengenharia) - Michael Hammer e James Champy
The Goal (A Meta) - Eliyahu M. Goldratt e Jeff Cox
The Great Game of Business - Jack Stack e Bo Burlingham
First, Break all the Rules (Primeiro, Quebre todas as Regras) - Marcus Buckingham e Curt Coffman
Now, Discover Your Strengths (Descubra seus Pontos Fortes) - Marcus Buckingham e Donald Clifton
The Knowing-Doing Gap - Jeffrey Pfeffer e Robert I. Sutton
The Five Dysfunctions of a Team (Os 5 Desafios das Equipes) - Patrick Lencioni
Six Thinking Hats (Os 6 Chapéus do Pensamento) - Edward De Bono

Biografias
Titan - Ron Chernow
My Years with General Motors (Meus Anos com a General Motors) - Alfred P. Sloan Jr.
The HP Way (The HP Way) - David Packard
Personal History (Uma História Pessoal) - Katharine Graham
Moments of Truth (A Hora da Verdade) - Jan Carlzon
Sam Walton: Made in America (Sam Walton: Made in America) - Sam Walton e John Huey
Losing My Virginity (Perdendo minha Vigindade) - Richard Branson

Empreendedorismo
The Art of the Start (A Arte do Começo) - Guy Kawasaki
The E-Myth Revisited (O Mito do Empreendedor Revisado) - Michael E. Gerber
The Republic of Tea - Mel Ziegler, Patricia Ziegler e Bill Rosenzweig
The Partnership Charter - David Gage
Growing a Business - Paul Hawken
Guerrilla Marketing (Marketing de Guerillha) - Jay Conrad Levinson
The Monk and the Riddle - Randy Komisar e Kent Lineback

Narrativas
McDonald’s: Behind the Arches (McDonald´s) - John F. Love
American Steel - Richard Preston
The Force (A Força) - David Dorsey
The Smartest Guys in the Room - Bethany McLean e Peter Elkind
When Genius Failed - Roger Lowenstein
Moneyball - Michael Lewis

Inovação e Criatividade
Orbiting the Giant Hairball - Gordon MacKenzie
The Art of Innovation (A Arte da Inovação) - Tom Kelley e Jonathan Littman
Jump Start Your Business Brain - Doug Hall
A Whack on the Side of the Head (Um 'Toc' na Cabeça) - Roger Von Oech
The Creative Habit - Twyla Tharp
The Art of Possibility (A Arte da Possiblidade) - Rosamund Stone Zander e Benjamin Zander

Grandes Idéias
The Age of Unreason (A Era da Irracionalidade) - Charles Handy
Out of Control - Kevin Kelly
The Rise of the Creative Class - Richard Florida
Emotional Intelligence (Inteligência Emocional) - Daniel Goleman
Driven - Paul R. Lawrence e Nitin Nohria
To Engineer is Human - Henry Petroski
The Wisdom of Crowds (A Sabedoria das Multidões) - James Surowiecki
Made to Stick (Idéias que Colam) - Chip Heath e Dan Heath

Lições Aprendidas
The First 90 Days (Os Primeiros 90 Dias) - Michael Watkins
Up the Organization - Robert Townsend
Beyond the Core (Além das Fronteiras do Core Business) - Chris Zook
Little Red Book of Selling (O Livro Vermelho de Vendas) - Jeffrey Gitomer
What the CEO Wants You to Know (O que o Presidente de sua Empresa quer que Você saiba) - Ram Charan
The Team Handbook (Times da Qualidade) - Peter Scholtes, Brian Joiner e Barbara Streibel
A Business and Its Belief (Uma Empresa e seus Credos) - Thomas J. Watson Jr.
Lucky or Smart? (Sorte ou Talento?) - Bo Peabody
The Lexus and the Olive Tree (O Lexus e a Oliveira) - Thomas L. Friedman
Thinkertoys (Thinkertoys) - Michael Michalko
More Than You Know - Michael J. Mauboussin


O bom para nós brasileiros, que a maioria dos títulos tem versão editada em português. Sinal que as Editoras de livros de Negócios no Brasil estão bem antenadas no que ocorre no mundo afora em termos de tendências.

Vale o livro por suas resenhas e pelas dicas de leitura. Ótima fonte de referência.

A 3a Edição do livro que saiu nos Estados Unidos em Julho/16 incluiu 5 livros:
(título da edição brasileira entre parêntesis, quando disponível)

The Gifts of Imperfection (A Coragem de Ser Imperfeito) - Brene Brown
Lean In (Faça Acontecer) - Sheryl Sandberg
The Lean Start-up (A Start-up Enxuta) - Eric Ries
Thinking, Fast & Slow (Rápido & Devagar) - Daniel Kahneman


Too Big to Fail - Andrew Sorkin

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A Grande Mudança - Nicholas Carr

Título: A Grande Mudança
Autor: Nicholas Carr
Tradução de: The Big Switch
Editora: Landscape
Ano: 2008
Páginas: 254
ISBN/EAN: 9-788577-750665

Antes de mais nada, não confundir com "A Grande Mudança" (The Big Moo) editado por Seth Godin, livro que trata de Marketing e Estratégia.


Seguindo o polêmico 'Does IT matter?' ( Será que TI é Tudo? ) de 2006, Nicholas Carr nos brinda em 2008 com outro livro não menos surpreendente.

No final do séc. XIX, toda energia elétrica usada pelas indústrias tinha de ser gerada por elas mesmas. Da mesma forma, antes disso, todo o vapor necessário para mover as máquinas também tinha de ser gerado nas próprias fábricas. Ou seja, não dominar a eletrotécnica - a geração de energia - significava fracasso industrial, qualquer que fosse o produto fabricado.

De repente, no inicio do séc.XX, a energia elétrica passou a ser fornecida, não somente às indústrias, mas também residências, além de logicamente os locais públicos. Grandes fornecedoras estatais - depois privadas - passaram a fornecer eletricidade padronizada, com qualidade e quantidade e a custos mais acessíveis que gerá-la por conta.

Ok. Isso tudo é passado, é história.

Pois bem. Agora imagine a seguinte situação: ao invés de ter de gerar e gerir toda uma infraestrutura de TI interna à empresa, tanto hardware quanto software, simplesmente ter e operar terminais simples, sem grande capacidade de processamento, nem grande memória, mas com boa interface com usuário e conectadas a uma rede, e toda sua infraestrutura de TI estar FORA da empresa, servida por meio de uma prestadora de serviço grande e onipresente. Como se toda sua TI fosse como eletricidade hoje: basta conectar na tomada. Ou de repente nem isso, devido às diversas tecnologias de conexão em fio.


Pois é o que sugere Nicholas Carr em A Grade Mudança. Aliás novamente fazendo trocadilho no título em inglês 'The Big Switch' (Switch = mudança; ou = Comutador). Ou seja, as empresas teriam apenas terminais "bobos", apenas para acesso, conectados à "Operadora de TI" e toda a infraestrutura - com servidores, softwares, ERPs, aplicações, armazenamento, TUDO - fosse fornecida como um "serviço", totalmente terceirizada. Garantia de performance, back-ups, up-dates e up-grades automáticos, sem necessidade de interferência sua. 

À primeira vista, parece um pouco esquisito, improvável. Terceirizar não só o processamento de TI, mas também deixando na mão de externos estranhos seus preciosos dados, essenciais ao sucesso do seu negócio. Sem contar as questões de privacidade e confidencialidade. Carr lembra que cem anos atrás também assim pensavam os industriais ao cogitar terceirizar a geração de eletricidade, tão essencial ao processo produtivo na época - e também hoje!

Carr defende que o tão falado Cloud Computing (Computação nas "Nuvens") vai avançar de uma tal maneira, que mesmo os mais importantes, parrudos e caros sistemas de TI vão poder virar commodities e serem fornecidos por terceiros como um serviço básico, como eletricidade, água, esgoto, aquecimento, tv, etc.

Esses provedores de TI podem ou não ser os mesmos de acesso à internet, dependendo apenas da estratégia dessas operadoras.

Passaremos a ver gigantescos - ou nem tanto - Data Centers contectados à residências, fábricas e escritórios, processando de fora toda sua necessidade de TI. E os usuários vão acessar sua TI contratada através dos mais diversos, mas simples dispostivos, de acordo com a situação e conveniências desejadas, necessárias.

No final do mês receberemos junto com a conta de telefone, luz, água e esgoto, tv a cabo, internet, a conta de "consumo de TI". Os serviços vão poder ser contratados sob demanda, por pacotes fechados de sistemas disponíveis ou efetivamente usados no período, por memória externa ocupada, por processamento usado ou banda ocupada. Enfim, uma variedade de possibilidades.

Um novo negócio vai surgir: Operadoras de TI.

Dificil imaginar? ou de repente aceitar?

O maior obstáculo dessa Grande Mudança certamente não é Tecnológica, senão Cultural.

Você decide se numa determinada tarde no escritório, o seu Tablet PC (comprado barato) vai atuar como simples terminal de acesso à internet ou se vai movimentar todo um web-ERP on-demand atrás das "cortinas" usando sua Operadora de TI predileta como se fosse hoje um pay-per-view.

Já imaginou?
Não? Talvez você esteja sonhando na "nuvem" errada...

Saiba mais sobre o Autor no site dele: http://www.roughtype.com/
(em inglês)


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Será que TI é Tudo? - Nicholas Carr

Título: Será que TI é Tudo?
Autor: Nicholas Carr
Tradução de: Does IT Matter?
Editora: Gente
Ano: 2009
Páginas: 188
ISBN/EAN: 9-788573-126617


Um livro polêmico

Às vezes acontece com livros e filmes que, quando os Títulos são traduzidos, perdem um pouco do impacto do título original. E é o que ocorreu com 'Does IT matter'.
Traduzido, perdeu o impacto do trocadilho original do ' it ' pelo ' IT '.
Does it matter? = Isso importa?
Does IT matter? = TI (Tecnologia da Informação) importa?

Evidente que não é em absoluto culpa da Editora ou Tradutores. Simplesmente algumas brincadeiras fazem mais sentido em uma língua e em outras não.

Mas não é no título ou em sua tradução que o livro é polêmico.



Tudo começou quando Nicholas Carr escreveu um artigo para a Harvard Business Review intitulado: IT doesn´t matter ('TI não importa' ou 'Isso não importa') em 2003, época em que era Editor da revista. A repercussão, como era de se esperar, foi polêmica, o que o levou a escrever esse livro em 2004 já com os aprendizados e o refraseado aprendidos dos debates gerados pelo artigo para evitar as interpretações errôneas.

Carr argumenta que sim, TI tem importância, mas...

Soluções de TI não podem ser encarradas como o PRINCIPAL fator de diferenciação estratégica de uma Empresa. Primeiro porque podem ser facilmente copiados ou implementados pelos concorrentes.
Segundo que muitas soluções de TI podem ser proprietárias e portanto seu custo demasiado alto.
Terceiro, TI deve ser encarado como um investimento de infraestrutura, e portanto, nem sempre vale a pena pagar por ser o pioneiro. Em tempos de Lei de Moore, vale a pena às vezes esperar um pouco antes de investir em uma plataforma ou solução de TI.

Ser inovador em infraestrutura de TI nem sempre se revela um diferencial competitivo sustentável ou perene. Muitas soluções aparecem e desaparecem com a mesma velocidade que surgiram. Melhor é sempre acompanhar o que TI tem de novo, perceber quais plataformas e soluções ganham penetração - e portanto custo aceitável - e ai sim, investir para beneficiar-se dessa ferramenta/infraestrutura. TI precisa ser encarado como algo imprescindível, sem dúvida, mas não deve ser digerido, consumido, por impulso, apenas no afã de inovar.

Na verdade, Carr conclui que TI é ferramenta BÁSICA e não DIFERENCIADOR COMPETITIVO.

O livro é uma boa leitura para quem quer refletir sobre o real conceito de TI e entender como investir nessa infraestrutura.

O Autor seguiu esse veio e já lançou mais dois livros. Um continuando o assunto: The Big Switch (A Grande Mudança) em 2008, novamente fazendo trocadilho no título com termos de TI. E The Shallows, (Os Superficiais, tradução livre) recentemente lançado e ainda sem versão em Português (Set´10), que fala como a Internet age sobre o nosso pensar. 

Portanto - colaborando com a tradução do título -  TI é MUITO importante. Mas NÃO é tudo.

Saiba mais sobre o Autor no site dele: http://www.roughtype.com/
(em inglês)
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A Cauda Longa - Chris Anderson

Título: A Cauda Longa
Autor: Chris Anderson
Tradução de: The Long Tail
Editora: Campus-Elsevier
Ano: 2006
Páginas: 240
ISBN/EAN: 9-788535-221831

Notas da Editora:

"Chris Anderson, editor chefe da revista Wired, explorou pela primeira vez o fenômeno da Cauda Longa em um artigo que se tornou um dos mais influentes ensaios sobre negócios de nosso tempo.
Usando o mundo dos filmes, dos livros e da música, mostra que a Internet deu origem a um novo universo, no qual a receita total de diversos produtos de nicho, com baixo volume de vendas, é igual à receita total de poucos produtos de grande sucesso. Por isso cunhou o termo “cauda longa” para descrever essa situação de o qual tem sido usado pela alta gerência das empresas e pelos meios de comunicação no mundo todo.
Nesse livro, Anderson mostra como chegamos a esse ponto e revela as enormes oportunidades que se originam desse fato, vislumbrando um futuro que está presente."

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Comecei a ler esse livro pela quantidade de vezes que é citado em "O que a Google faria?" de Jeff Jarvis, e depois de lê-los, cheguei a uma conclusão pessoal que os dois livros, mais "Marketing 3.0" de Philip Kotler formam, em minha opinião, a tríade de livros que mais tem a dizer do futuro dos negócios dos próximos anos.
 
Pois bem. Mas do que trata, afinal, "A Cauda Longa"?
 
O capitalismo de escala nos acostumou à Economia da Escassez. Para poder ser competitivo um produto/serviço precisa ter escala. E para ter escala, a quantidade de opções precisa ser limitada. Portanto não apenas as quantidades disponíveis de um determinado produto podem ser escassas, mas também e principalmente a quantidade de opções de modelos/variantes é extremamente limitada. Um fabricante pode até ter alguns modelos ou opções de cores "a mais", mas certamente não tem escala suficiente para serem rentáveis e logo são descontinuados ou são produzidos em escala/edição limitada.
Ok. Isso vale, ou valia para a Economia baseada nas lojas físicas, de tijolo-e-argamassa, o mercado dos hits.
 
Com o advento e popularização da internet, essa Lei da Economia da Escassez, já não faz mais sentido.
Seja pela oportunidade de redução de custos de armazenagem de itens de baixo giro, no caso do varejo on-line (lojas virtuais) vendendo itens físicos, seja pelo custo de armazenagem próximo do zero no caso de itens digitais (músicas e filmes on-line p.ex.). Nesse caso, a pressão economica por necessidade de escala vai por água abaixo. No caso de produtos digitais (arquivos mais precisamente), não faz nenhum sentido não ter ampla variedade. Pelo contrário, os consumidores de produtos de nicho, sabem da dificuldade de encontrá-los no varejo de tijolo-e-argamassa e justamente na internet que vão comprá-los com a providencial ajuda dos buscadores.
 
Portanto nessa nova Economia da Abundância, o mercado de massa dá lugar aos micro-mercados, o mercado da massa de nichos.  Novos conceitos surgem: "massclusivity" (exclusividade em massa), "mass customization" (customização em massa), "narrowcasting" (em oposição ao broadcasting).
 
Mas por que "Cauda Longa" ?
 
O Autor não inventou o termo - uma característica estatística - mas foi pioneiro em usá-lo para definir o comportamento da demanda desse novo mercado. Ele primeiro usou-a em um congresso, depois começou a discuti-la melhor em seu blog: http://www.longtail.com/ que o levou a escrever o livro.

Bem resumidamente, se você colocar em um gráfico de demanda (ou venda) x número de produtos disponíveis em uma determinada categoria, certamente a curva vai se apresentar como uma "cabeça" compacta e uma cauda longa. Assim:


Ou seja, uns poucos itens, como sempre, são os mais populares. Até ai, sem novidade, qualquer curva de distribuição 80/20 diz isso. Mas o que Anderson descreve é que o fim da curva NÃO termina abruptamente. Ou seja, mesmo os itens de baixa demanda demoram muito a chegar em zero. E mais! A Soma da demanda desses itens, em tese, de baixa venda/demanda, pode ser MAIOR que a soma da venda/demanda daqueles poucos hits mais vendidos. Isso porque 98% dos itens de cauda longa vendem, pelo menos UMA unidade. Imagine isso em produtos digitais, em que o custo de guardar/vender uma música mp3 é a mesma que milhões? Ou, se preferir um e-commerce de produtos físicos, imagine poder oferecer uma infinidade de produtos mesmo sem tê-los em estoque, mas vendendo-os sob encomenda ?
Aliás já é o que fazem várias livrarias on-line. Para itens de baixo giro, oferecem prazo de entrega mais dilatado, porque na verdade NÃO tem o produto em estoque (para baixar custo) e vão ainda encomenda-lo no faricante/distribuidor.

Portanto, sendo um varejo puramente virtual (produtos digitais), ou um varejo híbrido (produtos físicos vendidos on-line), a tendência é a curva deslocar a demanda cada vez mais em direção à cauda. Por isso, a Cauda Longa!

Por isso, mesmo os varejistas tradicionais (produtos físicos vendidos em lojas de tijolo-e-argamassa) precisam reinventarem-se para poderem concorrer no mercado da Cauda Longa, onde vale a Economia da Abundância. Quem fechar os olhos para esse fenômeno, perderá mercado no futuro de médio prazo.

Portanto relaxe, Consumidor, se o que você quer é algo muito específico, de nicho. Questão de tempo e ALGUÉM vai acabar tendo algo para lhe oferecer com qualidade. A Cauda Longa vai te pegar!

Em 2012, a obra recebeu uma versão em formato "quadrinhos", para a cauda longa de público leitor. Vale conferir também.

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Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil - Leandro Narloch

Título: Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
Autor: Leandro Narloch
Editora: Leya
Ano: 2009
Páginas: 319
ISBN/EAN: 9-788562-936067

Nesse momento de lançamento de 1822 de Laurentino Gomes, matéria na Veja ("Um passado bem presente", edição #2181 de 08/Set/10, pág.146) falando de livros de História "jornalística" do Brasil, bem oportuno falar do "Guia" do Narloch.

Em poucas palavras, o livro pode ser considerado um "Freakonomics" da História do Brasil. Narloch desmistifica alguns mitos e lugares-comuns de nossa história, apresentando evidências e fatos novos e até curiosos tais como:

. Zumbi tinha escravos.
. Santos Dumond não inventou o avião.
. João Goulart favorecia empreiteiras.
. A origem da feijoada é européia.
. Aleijadinho é um personagem literário.
. Quem matou mais índios foram os próprios índios.
. Machado de Assis foi censor do Império.
. José de Alencar era contra a Abolição.
. Graciliano Ramos afirmava que o futebol era modismo estrangeiro que jamais "pegaria" no Brasil.
. Gilberto Freyre admirava a Klu Klux Klan.
. Gregório de Matos era um dedo-duro.
. O Samba nasceu de influências estrangeiras.

A Guerra do Paraguai então, toda aquela lenda que o País era um exemplo de Édem de desenvolvimento e prosperidade na América do Sul que o Brasil, manipulado pela Inglaterra, destruiu, chegando a aniquilar 95% da população masculina, reduzindo a uns poucos velhos, viúvas e órfãos, vem por água abaixo.

Interessante é que Leandro levanta lebre de como de fato é a "história da História" no mundo: ela sempre é contada por quem "vence" e muitas vezes falsos nacionalismos escondem idéias-conceito até um pouco subversivas.

A versão que a maioria de nós aprendeu na escola ou aprendia até pouco tempo atrás, da Guerra do Paraguai é um excelente exemplo disso.
Durante o governo militar, preocupado em analtecer as vitórias patrióticas do século anterior, a versão ensinada nas escolas, muitas vezes por professores ironicamente de formação e tendências esquerdistas, mostrava a superioridade brasileira, mas deixava implícito como uma força militarista e manipulada por imperialistas estrangeiros acabou com um paraíso democrático e genuíno sulamericano. Fazendo um paralelo com a militância da esquerda no continente, e a luta armada contra a repressão de direita suportada pelo imperalismo norteamericano. Ou seja, criando um sentimento de "simpatia" pelo pobre Paraguai do passado com extensão à simpatia pelo movimento de esquerda moderno. Bem interessante.


A própria introdução do livro, com a "História do País X" é ótima!

Leandro Narloch cria um enredo de um parágrafo, cheio de lugares-comuns e clichés de história de Países Sulamericanos que basta preencher as "lacunas X" com o nome do País Sulamericano e as "lacunas Y" com o de algum Império Colonial Estrangeiro e pronto: tem-se um resumo da história do País X politicamente correta. Genial!

Mais infos no blog do autor:

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SEO Made Simple - Michael Fleischner


Título: SEO Made Simple
Strategies for Dominating the World´s Largest Search Engine )
Autor: Michael Fleischner
Editora: Create Space
Ano: 2009
Páginas: 106
ISBN/EAN: 9-781442-169203


"SEO Simplificado: Estratégias para Dominar o maior Buscador do Mundo." (tradução livre).

Ainda sem versão em português (setembro/2010), um excelente livro para iniciantes (como eu!) no assunto - SEO (Search Engine Optimization) - Otimização (de sites) para Buscadores.

Algumas palavrinhas sobre SEO

A inclusão digital e o crescimento da penetração da internet na população fazem cada vez mais com que pessoas juridicas e físicas busquem seu "lugar ao sol" no mundo virtual. No longo prazo, quem não estiver na internet e não tiver papel ativo nela, infelizmente será considerado um cidadão de 2a categoria. Quase que se não possuir um site, um blog, um dominio que seja, seria como se não tivesse um RG nesse "cibermundo". Isso desencadeou entre os que já tem seu site, seja institucional, loja virtual, blog, etc., a necessidade de competir para ser "encontrado". Isso tem dado aos Buscadores - sites de busca como o Google, Yahoo, Bing e tantos outros - poder para direcionar o tráfego de internautas para determinados sites. Cada buscador tem seus parâmetros e métodos para considerar um site mais relevante que outro. Portanto, para serem "achados" pelos buscadores com mais facilidade os sites estão alterando suas arquiteturas dentro de um conceito de Otimização para Busca, o tal SEO em inglês.

Sobre o Livro


Junto com o recém publicado "PPC made Simple" - algo como "Pay-per-click Simplificado" - forma a dupla de livros de Michael Fleischner sobre como melhorar a performance de um site nas buscas do Google, o maior buscador mundial, seja otimizando-o internamente, seja criando links de outros sites, seja pagando anuncios (pay-per click).
É relevante a quantidade de opções gratuitas ou de baixo custo para otimizar a arquitetura de um site para torná-lo mais facilmente "achavél" pela máquina de busca do Google.

Fleischner divide o livro basicamente em duas partes: otimização no próprio site (On-page optimization) e otimizações na popularidade do seu site (Off-page optimization)

Vamos às principais idéias do Livro.

Otimizações "On-page":
. certifique-se de incuir suas palavras-chave entre os meta-tags.
. cuidado ao selecionar sua URL. Tem de fazer sentido com as palavras-chave.
. confira se o HTML está correto (W3C).
. nomes das imagens devem ser completos e ter relação com as palavras-chave.
. as palavras-chave devem aparecer entre as 25 primeiras e as 25 últimas de cada página.
. use itálico, negrito e sublinhado para destacar palavras-chave.
. elimine arquivos em Flash.
. use o mínimo possível de Java.
. tenha sempre o mapa do site atualizado (isso ajuda o Googlebot a navegar).
. pesquise palavras-chave e use as menos competitivas.
 
Otimizações "Off-page":
. ao desenvolver links externos, lembre-se que links de uma via (para seu site) valem mais que os de duas vias. E que links valem pelo PageRank do site de origem. Portanto um único link de um site com bom PageRank vale mais que inúmeros links de PageRank ínfimos. Não abuse dos links recíprocos (de duas vias), principalmente se o PageRank "barganhado" não for maior que o do seu site. "Qualidade atrai qualidade".
. certifique-se de ter as palavras-chave escritas no link externo.
. pesquise os concorrentes, principalmente os de PageRank maior. Veja quem dá link para o site do concorrente.
. adicione marcadores de sites sociais em seu site, para que os vistantes possam não apenas marcar seu site/matéria, mas encaminhar e dividir com mais pessoas.
. distribua matérias-notícias para a mídia com links para seu site.
. tenha um blog com link para seu site.

Enfim, o livro é muito bom no que se propõe ser: direto, simples e claro. Uma ótima referência para quem precisa saber de SEO mas tem baixos conhecimentos como programador.
 
Saiba mais sobre o autor no blog dele: http://marketing-expert.blogspot.com/
(em inglês)
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Lançamento: 1822 - Laurentino Gomes


Título: 1822
Autor: Laurentino Gomes
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2010
Páginas: 351
ISBN/EAN: 9-788520-924099

Muito oportuno lançamento com esse 07 de Setembro.
É a esperada "seqüência" do best-seller 1808, com direito a pré-lançamento em sites com capa provisória e tudo mais!

Sinopse da Saraiva, já que no (pobre) site da editora nada consta do livro (!):
"Em seu novo livro, Laurentino Gomes, autor do best-seller 1808, que contava a história da fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro, mostra como o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado, deu certo em 1822 por uma notável combinação de sorte, improvisação, acasos e também liderança - um momento de grandes sonhos e muitos perigos."

A Série já teria um terceiro livro programado - "1889" - que trataria do Segundo Império e Proclamação da República. Dessa forma, a tirar pela qualidade do primeiro livro, fico excitadíssimo para ler, não somente 1822, mas também 1889. Adoraria ler 1922, ...1932, ...1964!

E 2003/2007!?

Se a tônica da narrativa de Laurentino é como o acaso, o improviso, a trapalhada, a incompetência, o "sem querer" dão certo, um possível "2003/2007" - ou pelo jeito um "2003/2007/2011" - daria um prato cheio!
Para D. João VI nenhum botar defeito!

Vamos ler para poder cometá-lo em breve.

Mais infos no site do Autor: http://www.laurentinogomes.com.br/home.php

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